Filho de vereadora suspeito de participação na morte da mãe é solto, em Bom Jesus de Goiás
Decisão foi dada na última terça-feira (16) pela juíza Patrícia Passoli. O texto destaca que o homem deverá cumprir diversas medidas e usar tornozeleira eletrônica, quando houver disponibilidade do aparelho
O filho da vereadora Roseli Aparecida de Oliveira teve a prisão revogada na última terça-feira (16) pela juíza Patrícia Passoli Ghedinm da comarca de Bom Jesus. Daiton Rodrigues de Oliveira Rocha, de 30 anos, é suspeito de participar do assassinato da mãe, em dezembro de 2018.
Ele foi preso no último dia 5 em um cumprimento de mandado de prisão por parte da Polícia Civil (PC). Detido por posse ilegal de munições de arma de fogo e posse de droga, também foi apreendido um notebook e um celular dele. Daiton acabou liberado no mesmo dia após pagamento de fiança.
No último dia 12, ele foi novamente detido, desta vez, por suspeita de ameaçar testemunhas do assassinato da mãe. E mesmo em liberdade, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Ele foi submetido a uma audiência de custódia no mesmo dia, mas, a pedido da juíza, o julgamento foi adiado. Segundo Patrícia, ela precisava avaliar melhor os documentos para decidir se mantinha ou não Daiton preso.
O homem foi liberado no presídio na manhã da última quarta-feira (17), sem determinação de uso de tornozeleira eletrônica. A magistrada alegou que sabe da “escassez” do produto, mas que a liberdade deveria ser dada “independentemente da instalação do aparelho”. Apesar disso, a sentença destaca a solicitação de “urgência” e que, assim que for disponibilizado, Daiton será intimado para colocar o monitoramento.
Ainda na decisão, consta que o acusado deve comparecer em juízo toda sexta-feria para justificar atividades, não pode ter contato com testemunhas do processo, não pode se ausentar da cidade por mais de cinco dias e deve estar em casa entre as 22h da noite as 6h da manhã do dia seguinte.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa de Daiton. O espaço está aberto caso haja interesse em manifesto sobre o assunto.
Reviravolta
Segundo a Polícia Civil (PC), no dia do crime, Roseli abria o portão para que Daiton estacionasse o carro na garagem quando foi surpreendida por dois homens. Eles entraram no veículo da vítima, um Honda Civic. O motorista perdeu o controle do automóvel e se envolveu em um acidente na BR-452, sentido Itumbiara. Um dos criminosos atirou na mulher com o pretexto que ela teria esboçado reação momentos antes do acidente.
Inicialmente tratado como latrocínio – roubo seguido de morte -, o caso ganhou reviravolta após a prisão do produtor rural Vilmar Rodrigues da Rocha, de 57 anos. Ele é ex-marido da vítima e pai de Daiton. O homem foi detido por suspeita de ter encomendado o crime focado na separação dos bens. Segundo a PC, Vilmar já teria ameaçado Roseli de morte.
Investigações apontam que Vilmar teria acertado o valor de R$ 50 mil para execução do crime. Destes, R$ 20 mil foram pagos antecipadamente a um homem que ficou responsável para agenciar os assassinos. No total, cinco pessoas estão presas em Bom Jesus suspeitas na participação no crime.