Filhote de onça que se tornou símbolo do pantanal após queimada é macho, descobre veterinário
Oncinha nasceu há duas semanas e foi batizada de Apoena, que em Tupi-guarani quer dizer 'aquele que enxerga longe'
O filhote da onça que se tornou símbolo do incêndio no Pantanal é macho, segundo descoberta de um veterinário do Instituto Nex que fica em Corumbá de Goiás, a 160 quilômetros de Goiânia. A oncinha foi batizada de Apoena, que em Tupi-guarani significa “aquele que enxerga longe”. A descoberta foi feita no fim de semana quando o veterinário conseguiu pegar o filhote.
Apoena nasceu há duas semanas. Amanaci teve outro filhote fêmea, mas devido a uma má-formação morreu pouco tempo depois do parto.
De acordo com o Instituto Nex, o objetivo é soltar Apoena no Pantanal, assim que ele tiver condições de sobreviver sozinho. A mãe Amanaci devido aos ferimentos do incêndio, não conseguirá voltar à natureza.
Queimadas no Pantanal
A onça-pintada foi uma das vítimas do incêndio no Pantanal em 2020 com queimaduras de terceiro grau e quase foi sacrificada. Ela foi tratada por veterinários que usaram células-tronco e até terapia a laser para que Amanaci pudesse voltar a andar. A onça se recuperou, mas perdeu as garras e não pode voltar para natureza.
Amanaci morou no recinto que pertence ao macho Guarani, que também é do Pantanal e foi resgatado ainda filhote, sem a mãe e bastante desnutrido. Guarani teve que receber cuidados humanos para não morrer.
Ele foi escolhido como parceiro para Amanaci – eles são símbolos de sobrevivência. Os dois namoraram durante semanas. Foram 110 dias de gestação até o parto de Apoena.