Filhotes de arara são resgatados em situação de maus-tratos em Niquelândia

A Polícia Militar resgatou três filhotes de arara em situação de maus-tratos, em Niquelândia. Segundo os militares, um motorista transportava as aves em uma caixa de papelão pela GO-237. O homem não tinha autorização para estar com os animais, muito menos transportá-los. Por isso, foi preso.

Aos policiais, o condutor do veículo disse que encontrou as araras em um ninho. Segundo ele, os filhotes estavam em uma fazenda de Campinaçu, muito debilitados.

Logo após a prisão, os policiais entregaram as araras para o Corpo de Bombeiros. Mas, segundo eles, os animais estavam debilitados, com algumas penas falhadas, por exemplo. Por isso, a equipe decidiu encaminhar os filhos para o Ibama, em Goiânia.

No Ibama, as araras devem passar por recuperação até que os especialistas decidam se ela podem ou não voltar para o habitat natural. O Mais Goiás entrou em contato com o órgão, a fim de saber como estão os filhotes. Mas, até a publicação da reportagem, não obteve retorno.

Filhotes de arara que foram resgatados são de espécie ameaçada de extinção

A espécie resgatada é a do tipo arara-canindé, que tem a plumagem com cores semelhantes à da bandeira do Brasil. A ave, que também é conhecida como arara-de-barriga-amarela ou simplesmente arara-amarela, está ameaçada de extinção.

Uma das razões disso é o fato de ela se deslocar a grandes distâncias durante o dia, entre os locais de descanso e de alimentação. Essa característica faz delas presas fáceis.

Atualmente, animais silvestres só podem ser adquiridos em criadouros autorizados pelo órgão ambiental competente. Ou seja, ter animais silvestres como bichos de estimação é ilegal conforme a Lei nº 9.605/98. A lei proíbe a utilização, perseguição, destruição e caça de animais silvestres e prevê pena de prisão de seis meses a um ano, além de multa, para quem a desrespeitar.

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*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.