APREENSÃO

Fiscalização apreende 300 cigarros eletrônicos em bares e tabacarias de Rio Verde (GO)

Essências de narguilé e refis também foram apreendidos em distribuidoras e boates da cidade

Fiscalização apreende 300 cigarros eletrônicos em bares e tabacarias de Rio Verde (Foto: Divulgação/VISA Rio Verde)

Em operação de fiscalização em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, a Vigilância Sanitária apreendeu mais de 300 cigarros eletrônicos, frutos de contrabando, que eram comercializados em bares, distribuidoras, boates e tabacarias da cidade. Conhecidos como “vape” e comuns entre jovens, os cigarros custam, juntos, cerca de R$50 mil.

Com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Fiscalização de Postura de Rio Verde, a ação aconteceu na sexta-feira (3), mas as informações foram divulgadas no início desta semana.

Além dos cigarros eletrônicos, cerca de 100 pacotes com essências de narguilé e refis foram apreendidos. Nenhum dos produtos, segundo a fiscalização, tinha registro no Brasil, o que configura crime de contrabando. Todos os objetos apreendidos foram destruídos e os estabelecimentos notificados. Ninguém foi preso.

Fiscalização apreende 300 cigarros eletrônicos em bares e tabacarias de Rio Verde
Fiscalização apreende 300 cigarros eletrônicos em bares e tabacarias de Rio Verde (Foto: Divulgação/VISA Rio Verde)

Venda proibida

De acordo com a Resolução nº46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa), “fica proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos, especialmente os que aleguem substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar ou objetivem alternativa no tratamento do tabagismo”.

Fiscalização apreende 300 cigarros eletrônicos em bares e tabacarias de Rio Verde (Foto: Divulgação/VISA Rio Verde)

Riscos para a saúde

Vale ressaltar que fazer uso de cigarros eletrônicos podem causar danos a saúde a curto e longo prazo. É o que aponta o pneumologista Ramiro Dourado. “Já dá para perceber o aparecimento de doença como bronquite e Evali, além do risco de dependência da nicotina. A longo prazo, apesar de faltarem estudos, crê-se que esses usuários podem desenvolver doenças respiratórias como enfisema e câncer de pulmão”.

Outra especialista destaque que o uso do cigarro eletrônico como alternativa para se desprender do vício em cigarro não é uma opção eficaz tão pouco saudável. “Não recomendamos cigarro eletrônico para parar de fumar. O tabagismo envolve uma série de mecanismos de dependência, seja física, psicológica, comportamental. Ninguém para de fumar fumando”, explica a pneumologista Roseliane de Souza.

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