Fissura em galeria pluvial deixa parte do Lago das Rosas seco
Presidente da Amma acredita que situação do lago deve estar normalizada até semana que vem
Uma fissura aberta na caixa de concreto de uma galeria pluvial fez com a água da bacia hidrográfica escoasse pelos canais, ao invés de cair direto no Lago das Rosas, em Goiânia. Segundo a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), esse foi o motivo pelo qual parte do lago secou. Para quem circula no parque, entre o Centro e o Setor Oeste, é impossível não parar para observar uma grande extensão, antes coberta por água, agora tomada por lama.
É possível atravessar caminhando pelo local em que houve a fissura, anteriormente encoberto. As margens desta parte do lago, onde casais e grupos costumavam sentar para descansar, está fofa. No lugar, que era um dos braços do Lago das Rosas, algumas garças caminham em busca de comida. O presidente da Amma, Gilberto Marques, conta que a fissura foi consequência de uma grande quantidade de água da chuva que sobrecarregou as galerias pluviais, já desgastadas pelo tempo.
O técnico em tecnologia da informação, Renato de Sousa, reside em Anápolis, mas viveu por muito tempo em Goiânia e afirma que essa é a primeira vez que vê situações como essa. “Nas últimas vezes que vim ao parque estava mais cuidado. Está muito feia essa parte que secou, além do mau cheiro que se sente próximo a esse local”, conta o homem que está na capital para tratamento médico.
Além da lama e do cheiro forte, as outras bacias do Lago também sofreram com a fissura e estão com nível baixo. A aposentada Célia Ribeiro da Silva conta que nos últimos dias, enquanto observava o lago, notou que, no muro há uma linha escura que mostra onde a água costumava estar e que, atualmente, o nível hídrico está bem abaixo desta marca. O “lago dos pedalinhos” é alimentado pela outra bacia, que acabou secando, por isso, segundo Gilberto, seu volume diminuiu.
Para Anderson de Oliveira, vendedor de uma loja no entorno do parque, a situação é urgente. O homem. que costuma usar o horário de almoço para se sentar próximo ao lago e descansar, observa que a vazão das outras bacias está diminuindo progressivamente. Ele afirma ainda que os pedalinhos continuam funcionando no lugar, mesmo com o nível hídrico abaixo do normal.
Segundo Gilberto, há autorização da Amma para que os pedalinhos continuem funcionando neste período, uma vez que o volume de água ainda permite a atividade.
Reparos
Gilberto explica que a galeria específica que sofreu a fissura já foi reparada totalmente e as obras foram concluídas nesta quarta-feira (14). No entanto, a equipe aproveita para realizar a correção de uma outra galeria que havia apresentado problemas de esvaziamento em agosto do ano passado, período em que o nível do Lago das Rosas ficou baixo.
Com a reforma da galeria que sofreu fissura nesta semana, já seria possível retomar a quantidade de água normal do Lago. “No entanto, nós estamos aproveitando para arrumar essa outra galeria que apresentou problemas no ano passado e ainda não tinha passado por obras. Desse modo nós podemos evitar que o lago tenha perda de água novamente no período da seca”, explica o titular da Amma.
Gilberto acredita que na próxima semana o nível de água do Lago das Rosas esteja normalizado e a parte que secou possa alimentar novamente as outras bacias. Até o momento, segundo o presidente, não há outras obras previstas para o local.
*Amanda Sales é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo