O índice de infestação do Aedes aegypti em território goiano caiu de 3,99%, em janeiro deste ano, para 1,53%, em março. Essa redução significa que foram encontrados 61% menos focos do mosquito nos imóveis do Estado durante as visitas realizadas pela força-tarefa da Secretaria Estadual de Saúde para erradicar o mosquito em Goiás.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21/3) no Boletim Semanal de Dengue. “Esse é um grande avanço, pois eliminar os focos é, comprovadamente, a forma mais eficaz de se combater o Aedes aegypti”, avalia a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Goiás (SES), Magna Maria Carvalho.
A gerente ressalta que a redução do índice de infestação deve resultar, a médio e longo prazo, na redução do número de casos das doenças transmitidas pelo vetor. “Por enquanto, já percebemos que em Goiás o aumento do número de casos foi em percentual bem abaixo da média nacional. Enquanto no Brasil esse aumento foi em mais de 50%, aqui, foi de 18,85%”, compara.
Um dos fatores para o aumento do número dos casos de dengue foi a notificação de outras doenças transmitidas pelo Aedes – em especial zika e chikungunya – como dengue. “Há ainda a circulação simultânea de todos os sorotipos de dengue e o avanço da doença em todo o País. Obviamente Goiás não está em uma situação pior por causa da mobilização do Goiás contra o Aedes, visitando, mensalmente, todos os domicílios goianos para eliminar os focos”, avalia.
Os registros do Boletim Semanal de Dengue mostram que Goiânia continua sendo o município do Estado com maior número de casos (23.493), seguido por Anápolis (6.027) e Aparecida de Goiânia (5.016). Neste ano, foram isolados, até agora, os sorotipos 1, 2 e 4 da doença. A SES está investigando 30 mortes por suspeita de dengue notificadas neste ano.
Até o momento, nenhuma foi confirmada por exame labora