CRIME

“Foi homicídio”, denuncia familiar de jovem morto em ação da PM na Marginal Botafogo

Um familiar do jovem que morreu após ser atingido por disparos na Marginal Botafogo no…

Um familiar do jovem que morreu após ser atingido por disparos na Marginal Botafogo no dia 2 de janeiro, afirma que não houve troca de tiros e sim homicídio por parte da Polícia Militar (PM). O parente de Breno Rodrigues Pires do Rego, 21 anos, preferiu não se identificar e diz que o rapaz não estava armado.

“O Breno estava sentado na calçada e, quando as duas viaturas chegaram, um policial desceu do veículo atirando. Um disparo acerto um dos braços. Outro o peito e o terceiro atingiu o pescoço. Ele não estava armado e isso não foi uma troca de tiros, foi homicídio”, afirma.

O familiar de Breno diz que, após os tiros, a PM isolou o local e não acionou socorro para a vítima. “Nós da família que chamamos o SAMU. Enquanto o médico prestava os primeiros socorros, um policial entrou na ambulância e ficou de portas fechadas. Antes de tudo, o Breno estava somente com a roupa do corpo, um pedaço pequeno de droga, aparelho celular e uma caixa de som. O policial colocou junto a ele uma arma, sacos de embalamento de droga drogas e dinheiro em espécie”, acrescenta.

O denunciante ainda afirma que os policiais disseram que a vítima seria encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Mas, quando a família chegou à unidade, foi informada de que Breno estava no Cais do Setor Campinas. “Ao chegarmos lá tivemos a notícia do falecimento”, conclui o familiar.

Em um vídeo gravado momentos após os tiros, uma pessoa questiona os policiais. “Ele atirou em vocês? Ele estava armado? Ele não estava. Ele atirou com a bun**??”.

Por meio de nota, a assessoria de Comunicação da Polícia Militar informou que “o caso está sendo apurado pela Polícia Civil (PC) e também pela Corregedoria da Polícia Militar”. A corporação conclui que “todas as ocorrências de confronto entre policiais e suspeitos de crimes são investigadas com o mais absoluto rigor”.

Na última terça-feira (7) a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) publicou uma portaria cobrando rapidez na investigação do caso. A portaria determina instauração de processo e expedição de ofícios a órgãos do estado para solicitar informações acerca desse caso e o de dois irmãos mortos em outro suposto confronto com a PM, ocorrido na última segunda-feira (6), em Trindade.