Luto

“Foi meu segundo pai”, diz ex-editor geral do DM ao falar de Batista Custódio

João Bosco Bittencourt afirma que Batista Custódio foi um jornalista de inteligência rara e à frente do nosso tempo

João Bosco Bittencourt afirma que Batista Custódio foi um jornalista de inteligência rara e à frente do nosso tempo
João Bosco Bittencourt afirma que Batista Custódio foi um jornalista de inteligência rara e à frente do nosso tempo

O jornalista João Bosco Bittencourt, um dos símbolos das melhores fases do jornal Diário da Manhã, lamentou a notícia do falecimento do fundador do periódico, Batista Custódio, nesta sexta-feira (24). João Bosco, que foi editor-geral do DM, afirma Batista foi um “segundo pai” para ele.

“Trabalhei com o Batista em 1987, quando o Diário da Manhã foi reaberto depois da falência. Tudo muito difícil, mas possível graças à força sobrenatural dele em tornar realidade planos e sonhos. Voltei ao DM em 2000 e fiquei até 2010. Conviver com o Batista foi algo de excepcional e muito enriquecedor, aprendi muito com ele. Posso dizer que foi meu segundo pai e meu grande farol profissional”, afirma.

João Bosco descreve Batista como ser de inteligência rara e de uma visão “além do nosso tempo”. “As vezes, incompreendido, mas sempre buscando algo novo e diferente. Inconformado e inquieto, criativo e genial. Explosivo e humano”, relata o jornalista.

Falência

João guarda na memória o episódio da falência do Diário da Manhã e da posterior reabertura, no começo dos anos 1990. “O governo na época fez muita pressão, suspendeu a publicidade e sufocou o jornal. Batista estava muito forte, com um time extraordinário de Jornalistas de expressão nacional. Mas o governo estava mais forte ainda e venceu a queda de braço”, lembra ele.

O jornalista explica que, depois da bancarrota, Batista Custódio “lutou muito e reabriu o jornal, com uma equipe basicamente de estudantes de jornalismo que posteriormente brilharam na imprensa goiana e nacional”.