Fotógrafo suspeito de agredir ex-namorada em Goiânia não tem antecedentes criminais, diz polícia
O fotógrafo Alexandre Félix Dias Filho, suspeito de agredir a ex-namorada Ravy Marmor em uma…
O fotógrafo Alexandre Félix Dias Filho, suspeito de agredir a ex-namorada Ravy Marmor em uma lanchonete de Goiânia em novembro de 2020, não possui antecedentes criminais até o momento. A informação é da Polícia Civil. O vídeo da agressão viralizou rapidamente nas redes sociais. Uma série de postagens com imagens da violência e com fotos do suposto agressor foram compartilhadas.
Segundo a advogada de Ravy, Ana Carolina Fleury, para haver antecedentes é preciso condenação. Dessa forma, ela afirma que outros casos de violência podem ter ocorrido e que, inclusive, outras mulheres já teriam a procurado para relatar situações semelhantes. “Estamos averiguando.”
O portal entrou em contato Tadeu Bastos, advogado de Alexandre, que negou qualquer agressão neste caso ou em outros. Segundo ele, todos os esclarecimentos serão feitos. Ele afirma, ainda, que o vídeo divulgado é um trecho editado e que não mostra a realidade. Questionado sobre qual seria a realidade, ele afirma que o fato em si será apresentado na delegacia.
“Se tivermos acesso ao vídeo – e quem divulgou obviamente deve ter o acesso completo – , será possível perceber o que realmente aconteceu”, declarou. Mesmo sem adiantar os detalhes, ele argumenta que o visto nas imagens não foi uma agressão com intenção de machucar, tirar o sossego ou paz da “pretensa vítima”. “E vamos esclarecer de forma categórica nos autos.”
Caso
De acordo com a vítima, que também é fotógrafa, a agressão aconteceu em novembro de 2020. No vídeo, Ravy Marmor, de 25 anos, aparece sentada ao lado do suposto agressor, Alexandre Félix Dias Filho, e uma outra pessoa. Em determinado momento, ele dá um tapa na cabeça da vítima. Momentos depois, outras pessoas aparecem no vídeo e agridem Alexandre.
Em entrevista ao Mais Goiás, a vítima relatou que o relacionamento foi marcado por violência física e psicológica. Ravy afirmou que, em outra ocasião, há cerca de cinco anos, ela chegou a ir na Delegacia, mas não conseguiu registrar o boletim de ocorrência (B.O). Hoje, ela diz que se arrepende de não ter denunciado antes.
“Da outra vez a violência foi pior do que a mostrada no vídeo. Fui com a minha mãe na delegacia, mas não consegui fazer a denúncia. Me arrependo muito disso. Se eu tivesse feito o B.O. antes, não teria acontecido isso de novo”, afirmou.
Ravy ressaltou que tem recebido muito apoio nas redes sociais e que lamenta que muitas vezes as vítimas de violência sejam desacreditadas. “Fiquei assustada de uma forma boa com todo o apoio que estou recebendo. Da outra vez ninguém acreditou porque não tinha provas. Isso é muito ruim. O abuso psicológico foi pesadíssimo. É muito pior do que a violência física”.
A vítima registrou um B.O. e solicitou medidas protetivas nesta terça-feira (3) . A advogada dela, Ana Carolina Fleury, afirmou que várias outras violências foram cometidas e que a agressão do vídeo configura lesão corporal com aumento de pena por causa de violência doméstica, com previsão de pena de três meses a três anos de detenção. Ela afirmou que a vítima está apreensiva.