CRIME

Fraude em contratação de OS pode ter gerado prejuízo de mais de R$ 80 mi a Goiás

A Polícia Civil estima que o Governo de Goiás perdeu mais de R$ 80 milhões…

A Polícia Civil estima que o Governo de Goiás perdeu mais de R$ 80 milhões com fraudes provocadas após a contratação irregular, no final de 2018, de uma Organização Social (OS) que ficou responsável por cuidar da regulação de pacientes no estado. Durante operação desencadeada nesta quarta-feira (14), agentes de várias delegacias especializadas cumpriram 52 mandados, e conseguiram o bloqueio de R$ 77 milhões das contas de empresários, servidores públicos, e prestadores de serviço.

De acordo com o delegado Danilo Souza, da Delegacia Estadual de Combate a Corrupção (Deccor), no final de 2018, o Governo de Goiás contratou, de forma irregular, uma Organização Social (OS) para cuidar da regulação de pacientes junto à Secretaria Estadual de Saúde. Esta OS, ainda de acordo com o delegado, contratou, também de maneira ilegal, empresas para realizarem um serviço que seria dela, o que provocou um prejuízo milionário aos cofres do estado.

“Nós temos casos de serviços cobrados e pagos que não foram prestados, e também de preços superfaturados. Descobrimos também, durante as investigações, que tanto a contratação da OS, quanto das supostas empresas que ela subcontratava foram feitos de forma direcionada”, descreveu.

Fraude em contratação de OS pode ter gerado prejuízo de mais de R$ 80 mi a Goiás (Foto: Polícia Civil)

Investigados não tiveram nomes divulgados

Entre os investigados, ainda de acordo com o delegado, há empresários, prestadores de serviços, e servidores públicos efetivos, que, inclusive, já foram afastados de suas funções. A Polícia Civil não divulgou nomes, nem idades dos investigados, que responderão por peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, e organização criminosa.

Durante toda a manhã desta quarta-feira, agentes da Deccor e de outras especializadas cumpriram 52 mandados, sendo 19 de busca e apreensão, 17 de indisponibilidade e sequestro de bens e valores, sete de afastamento das funções públicas, sete de suspensão da atividade pública e de contratar com o poder público, e dois de proibição de acesso, ou frequência a determinados lugares. A Secretaria Estadual de Saúde disse que não foi informada da operação, mas que está pronta para colaborar, caso necessário.