Fraudes na Saneago são apuradas pela PF na terceira fase da Operação Decantação
Nesta fase, estão sendo cumpridos três mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Goiânia e Inhumas. São alvos nesta etapa da operação um grupo de 11 empresas prestadoras de serviços à Saneago
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (4) a terceira fase da Operação Decantação. Nesta etapa, estão sendo cumpridos três mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Goiânia e Inhumas. O objetivo é desarticular uma associação criminosa na Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) especializada em fraudes de licitação e desvio de verbas públicas. Segundo a investigação, crimes foram praticados por empresários, dirigentes das empresas e agentes públicos do governo estadual entre os anos de 2012 e 2016.
São alvos nesta etapa da operação um grupo de 11 empresas prestadoras de serviços à Saneago suspeitas de fraudarem pelo menos oito procedimentos licitatórios na modalidade Carta Convite, além de outras 83 contratações realizadas mediante dispensa de licitação entre nos anos de 2012 e 2018.
Materiais colhidos na primeira fase da Decantação revelaram que empresas de fachada foram criadas para que os envolvidos participassem dos processos licitatórios cujos resultados eram fruto de ajustes pré-determinado pelo grupo de empresários. Quatro dessas companhias ficaram responsáveis pela execução de 61 obras em Goiás entre 2012 e 2018.
Os crimes, apurou a PF, foram praticados com apoio de um membro da Comissão de Licitação e de um pregoreiro da Comissão Permanente de Licitação da Saneago.
Ao todo, 60 policiais federais estão dando cumprimento nos mandados de prisão e apreensão expedidos pela 11º Vara Federal de Goiás. Também foi determinado o afastamento da função pública de dois servidores da companhia de saneamento.
Histórico
Em outras fases da Operação Decantação, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-governador José Eliton e prendeu ex-gestores da estatal, além de sócios da empresa que eram favorecidos pelo esquema.
Os crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e fraudes em processos licitatórios, somados, podem render até 41 anos de prisão.
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