Frio intenso ameaça lavouras de hortaliças e frutas em Goiás, diz especialista
O frio intenso que atinge Goiás e boa parte do Brasil é uma ameaça às…
O frio intenso que atinge Goiás e boa parte do Brasil é uma ameaça às lavouras de hortaliças e frutas. O motivo disso, segundo o coordenador do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), Alexandro Alves, é que à medida em que a temperatura cai o desenvolvimento metabólico da planta fica mais lento. Entre as mais afetadas estão as alfaces e tomates. Em Goiás, as menores temperaturas desta quinta-feira (19) foram detectadas em Jataí e Rio Verde com 3,6ºC e 3,8ºC, respectivamente.
O especialista explica que, em casos mais extremos, quando ocorre uma geada, por exemplo, os danos são ainda mais severos e as plantas ou parte delas podem morrer. Isso porque, dependendo da intensidade do evento, a geada pode causar até mesmo a morte dos tecidos vegetais.
“Não temos ainda relatos de prejuízos severos em Goiás. A região mais atingida com a última onda de frio e a geada ocorreram no sudoeste goiano. A região metropolitana da capital, grande produtora de hortaliças e frutas não teve problemas graves de geada, mas, certamente impactará a produção em função de abortamento de flores principalmente. Prejuizos certamente ocorrerão mas sem grandes alardes no momento”, afirma Alexandre.
De acordo com o especialista, o produtor não tem muito o que fazer em casos de geadas, pois nem sempre existem estruturas de proteção dessas plantas, como casa de vegetação ou estufas. “Mesmo nesses casos, é dificil controlar o clima em situações de baixas temperaturas”, diz.
Apesar do risco, o coordenador do Ifag acredita que não deverão existir perdas significativas de produtos por enquanto. “Logo o clima deve seguir a situação de normalidade, já quem em breve estaremos no verão”, acredita.
Quanto ao preço dos produtos, Alexandre afirma que é possível haver um aumento, principalmente frutas, verduras e legumes. Mas que não é possível estimar a porcentagem de elevação nos preços, já que depende do desenvolvimento e resistência de cada produto e/ou cultura.
“Algumas culturas respondem de forma mais tolerante, outras nem tanto. Vale ressaltar que, pelo histórico ao longo dos anos, há uma estimativa ampla de aumento que varia de 10 a 50%”, afirmou Alexandre.