REGIÃO METROPOLITANA

Frota de ônibus da Grande Goiânia funciona normalmente nesta segunda (21)

Após paralisação durante todo o final de semana, os ônibus do transporte público da Grande…

Após paralisação durante todo o final de semana, os ônibus do transporte público da Grande Goiânia voltaram a circular normalmente na manhã desta segunda-feira (21). A informação foi confirmada pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (SET). O serviço havia sido suspenso após impasse entre concessionárias e motoristas por conta de atrasos salariais e parcelamento do 13° salário.

A retomada ocorre depois de acordo entre empresas e trabalhadores. A paralisação ocorreu como uma forma de reivindicação de salários atrasados; quitação do 13º salário e confirmação de que os motoristas vão receber o salário de janeiro de 2021.

De acordo com o SET, os motoristas aceitaram a proposta da entidade, que propôs o pagamento do 13º em quatro parcelas. Além disso, ficou acordado que os salários atrasados do mês de novembro serão pagos no decorrer desta semana. Já os vencimentos de dezembro serão quitados no decorrer do mês de janeiro de 2021.

O indicativo de paralisação dos motoristas já previa que a duração do ato seria apenas no final de semana. Havia, porém, risco de o movimento se estender, inclusive para o Natal, caso não houvesse acordo. No sábado (19), a Grande Goiânia amanheceu com os serviços de transporte público parcialmente suspensos. No mesmo dia, motoristas se reuniram em frente à garagem do Rápido Araguaia, no Setor Jardim Presidente, em Goiânia, e posicionaram ônibus na saída dos portões.

Impasse

Na manhã de domingo (20), o SET, empresas do transporte público e representantes da Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) se reuniram na tentativa de buscar solução para a crise no setor e manutenção da operação de ônibus na capital e região Metropolitana. Apesar da tentativa de negociação, não houve consenso entre as partes.

Segundo o Sindicato das concessionárias, as empresas fizeram uma única reivindicação: que a Prefeitura de Goiânia fizesse a adesão ao Plano Emergencial do Governo do Estado ou que apresentasse um plano emergencial substituto. 

A CMTC disse que levou a proposta da Prefeitura, que visava repassar aproximadamente R$ 1,8 milhão às empresas, sendo o aporte financeiro válido a partir de dezembro. Para os meses seguintes, de janeiro a junho, a próxima administração faria o repasse de uma parcela do déficit operacional mensal das empresas, que tem valores variados.

De acordo com a Companhia, a nova administração aceitou fazer o repasse, mas não houve acordo por parte das concessionárias, que consideraram a proposta ilegítima. Ainda conforme a CMTC, as empresas entendem que a atual gestão deve também assumir o custo do déficit acumulado desde abril de 2020.

Novas negociações deverão ser iniciadas com a nova gestão municipal de Goiânia e demais municípios, em janeiro de 2021.