Fumaça no céu de Goiânia pode demorar até quarta (28) para se dissipar
Avanço de frente fria contribuiu para empurrar e trazer fumaça decorrente de queimadas na região amazônica e sudeste do Brasil
A nuvem densa de fumaça que se formou sobre o céu de Goiânia pode demorar até quarta-feira (28/08) para se dissipar. É o que informa André Amorim, gerente do Centro de Informações Metereológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), vinculado à Semad.
De acordo com Amorim, o avanço de uma frente fria pelo país contribuiu para empurrar e trazer fumaça decorrente de queimadas na região amazônica e sudeste do Brasil, somando-se a fumaça produzida pelas queimadas em Goiás e criando o cenário observado hoje.
O Cimehgo observa que as condições respiratórias da população agravam-se ainda mais em razão do baixo índice de umidade relativa do ar, comum em Goiás nesse período do ano. “Portanto, recomenda-se à população que tome cuidados com a saúde”, afirma o gerente.]
Até o dia 24/08, houve registro de 897 focos de queimadas em Goiás. No mesmo período de 2023, foram 488 focos.
Fumaça no céu
A presença da fumaça no céu de Goiânia gerou reclamações nas redes sociais.
“Gente, Goiânia está com cenário apocalíptico nesse domingo”, disse no X (antigo Twitter) a psicóloga Jéssica Amorim. “Bom dia pra quem não dormiu em Goiânia pq a fumaça das queimadas não deixaram”, disse uma outra pessoa na rede social. A designer Ana Júlia Batista fez a mesma reclamação: “Parece neblina mas é fumaça. aqui em Goiânia tá insalubre pra respirar com esse tempo seco e queimadas”.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre o dias 23 (sexta-feira) e 25 (domingo), houve 203 focos de queimadas em Goiás. Chama atenção o fato de que 31,5% deles ocorreram no município de Chapadão do Céu.
A maioria foi registrada nas regiões sul e sudoeste de Goiás: Rio Verde (11,3%), Mineiros (6,9%), Morrinhps (6,9%), Itajá (5,9%), Água Fria (4,4%), Caiapônia (3,4%), Palmeiras de Goiás (3%) e Alto Paraíso (2%).