PRIMO E EX-FUNCIONÁRIO

Funcionário demitido por desvio de dinheiro é investigado por ameaçar chefe, em Valparaíso

Um homem, de 26 anos, é investigado pela Polícia Civil por ameaçar matar a ex-chefe,…

Ex-funcionário é investigado por ameaçar advogada de Valparaíso após ser demitido por desvio de dinheiro (Foto: Divulgação)

Um homem, de 26 anos, é investigado pela Polícia Civil por ameaçar matar a ex-chefe, uma advogada que atua em Valparaíso de Goiás e no Gama (DF). Segundo a vítima, que preferiu não ter a identidade revelada, o suspeito, que também é primo dela, ameaçou-a por meio de áudios, postagens e mensagens nas redes sociais após ter sido demitido por desviar dinheiro do escritório.

Segundo a advogada, antes de o investigado ir morar com ela, ele fazia uso de drogas e, para ajudá-lo e dar uma chance de reinserção social, chamou-o para morar e trabalhar com ela.

“Para você ter noção, ele me chamava de mãe. Ele estava sempre sob nossa vigilância, trabalhando, tendo todas as oportunidades, viajava junto, passeava junto, se divertia junto”, disse ela.

Conforme a advogada, o suspeito também recebeu ajuda para ingressar na faculdade de direito, mas toda a caridade e oportunidade recebida não o impediu de furtar dinheiro da própria família.

Desvios e ameaças

A vítima relatou que os desvios foram descobertos nesta segunda-feira (27), quando um dos seus clientes pediu um recibo de quitação e, quando os profissionais viram, o documento estava no nome do investigado. Ao solicitar a conversa do WhatsApp, a mulher percebeu que seu primo estava se passando por advogados do escritório mandando o PIX dele para o recebimento dos valores.

No mesmo dia em que descobriu os supostos crimes, ela disse que foi até a delegacia e o homem foi chamado no local. Aos policiais, ele confessou os desvios e a ameaçou – por isso, foi preso em flagrante, mas pagou a fiança e foi liberado.

Após ser capturado, ele teve que devolver o celular do escritório. No aparelho, a advogada descobriu que ele dizia para a namorada que iria quebrar o seu antigo local de trabalho e “depois a cara dela”. Em outra mensagem, ele perguntava para um amigo se ele tinha algum revólver para emprestar.

Na terça-feira, no dia que a medida protetiva de urgência foi deferida, ele voltou a ameaçá-la pelo Instagram através de mensagens e postagens. A mulher disse que ainda não sabe precisar o valor desviado, mas está lutando para que a justiça seja feita.

A advogada explicou que, se for condenado, o suspeito responderá por estelionato, exercício ilegal da profissão e por ameaça fundada Lei Maria da Penha.

O Mais Goiás não teve acesso à defesa do investigado, mas o espaço continua aberto para manifestações.