Funcionários continuam sem receber da instituto que geria HMAP, em Aparecida

Médicos e profissionais de saúde que trabalharam no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) denunciam que continuam sem receber salários desde abril. Mesmo com a troca da Organização Social (OS) que gere a unidade os pagamentos aos funcionários não foram realizados.

O HMAP era gerido pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) até o dia 2 de junho e foi assumido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. No entanto, os meses ainda sob a gestão anterior não foram pagos.

“É muito revoltante”, diz uma profissional que trabalhou na unidade e foi desligada após a mudança. “A gente se sente desvalorizada, pois dedicamos, às vezes sem descanso”, lamenta.

No final de junho, funcionários do HMAP chegaram a realizaram uma manifestação para cobrar o pagamento de salários atrasados há dois meses. Em resposta, a CSMed (Carvalho Serviços Médicos), que é uma empresa terceirizada pelo IBGH, realizou uma reunião com os servidores e prometeu pagar todos os débitos até o dia 4 de julho.

“O prazo vendeu e até agora nada”, ressalta a profissional.

Respostas

A diretora de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde), Sirley Braga, aponta que a entidade não foi procurada pelos funcionários, mas diz conhecer a realidade retratada e teme que somente serão pagos caso entrem com litígio na Justiça.

Procurada a Secretaria de Saúde de Aparecida esclarece que o contrato com o IBGH para gerenciamento do Hospital Municipal de Aparecida vigorou até 31 de maio, com todos os repasses da pasta realizados pontualmente.

“A pasta fez o repasse para quitação dos passivos trabalhistas e aguarda a prestação de contas por parte do IBGH”, diz a nota.

O Mais Goiás entrou em contato com IBGH e aguarda manifestação.