PARALISAÇÃO

Funcionários da limpeza entram em greve no Hmap

Os trabalhadores, que são terceirizados na unidade hospitalar, alegam salários atrasados como justificativa para ação

A empresa DM Clean disse que IBGH deve R$ 2,2 milhões para a limpeza terceirizada do HMAP. Os atrasos teriam causado a greve no local. (Foto: Reprodução)

Funcionários da limpeza e manutenção que atuam no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap) deflagraram uma greve nesta quinta-feira (18). Os trabalhadores, que são terceirizados na unidade hospitalar, alegam salários atrasados como justificativa para ação.

Em vídeo que circula na internet, um dos funcionários afirma que os salários dos colaboradores que atuam na limpeza e manutenção do hospital estão atrasados há mais de uma semana e que apenas metade do pagamento foi depositado.

Ao Mais Goiás, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Ricardo Manzi, criticou o modelo de gestão no qual os trabalhadores atuam, se referindo à terceirização, processo esse que “acaba resultando nesse tipo de situação”, se referindo aos salários atrasados e à consequente greve.

Ainda segundo Manzi, membros do Sindsaúde estarão no Hmap na próxima segunda-feira (22), para se inteirar da situação e prestar o apoio necessário aos funcionários.

O que diz o Hmap sobre a greve no Hmap

Em nota enviada ao Mais Goiás, o Hmap declarou que repassou à empresa prestadora de serviços o valor de R$ 300 mil na última semana, referente à fatura de outubro, mas que apesar dos esforços do hospital junto à empresa, “houve movimentação de forma política com os colaboradores da empresa prejudicando a normal prestação de serviços”.

Veja a nota abaixo:

“NOTA OFICIAL

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) informa oficialmente o seguinte:

– O HMAP repassou para a empresa prestadora de serviços da área de limpeza e conservação na última semana no valor de R$ 300.000,00 referentes à fatura do mês de outubro e isso foi proporcional como foi proporcional o repasse dos recursos públicos recebidos;

– A direção envidou esforços junto à empresa visando a normalização dos serviços, porém de forma intransigente houve movimentação de forma política com os colaboradores da empresa prejudicando a normal prestação de serviços;

– Funcionários da empresa em questão percorreram banheiros na unidade, principalmente na área administrativa, praticando atos de vandalismo e espalhando sujeiras com o claro intuito de constranger demais colaboradores que não têm qualquer relação com o fato. Tudo isso está registrado por câmeras de segurança e serão apresentados em juízo visando responsabilizar civil e criminalmente os responsáveis que agiram usando o uniforme da empresa;

– A direção respeita o direito de protesto pelo atraso nos pagamentos e repasses, porém exorta todos a protegerem o patrimônio público e a normal prestação de serviços para pacientes, acompanhantes e demais colaboradores.”