Funcionários do Hugo decidem não paralisar as atividades da unidade
Trabalhadores reivindicam a manutenção dos empregos, da carga horária e dos salários. Nova assembleia está marcada para a próxima quarta (25)
Os trabalhadores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), realizaram uma assembleia da categoria no final da tarde desta sexta-feira (20) na entrada da unidade. O objetivo foi deliberar sobre a paralisação das atividades. Os funcionários decidiram manter o trabalho e continuar a busca por uma negociação com o Governo Estadual. Uma nova assembleia está marcada para a próxima quarta-feira (25).
Cerca de 150 pessoas participaram do ato. Os manifestantes reivindicam a manutenção dos empregos, a permanência da escala hoje praticada (com jornada de 30 horas semanais) e a manutenção dos salários.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves, a decisão dos funcionários levou em conta os pacientes do hospital. “Nosso ato foi muito importante e cumpriu o seu papel, mas preferimos adiar a decisão sobre a paralisação para quarta-feira. Se até lá não houver mudança, a paralisação entrará na pauta novamente”, concluiu.
Novela do Hugo
O rumor da demissão em massa de trabalhadores do Hugo surgiu logo que o resultado do processo de chamamento público foi publicado, em agosto. À época, o Instituto Nacional de Amparo a Pesquisa e Tecnologia Inovação na Gestão Pública (INTS), OS vencedora do certame, publicou nota afirmando que “assegura aos profissionais contratados no Hugo integral respeito às leis vigentes e que serão tratados com toda dignidade e respeito”.
Em setembro, o Mais Goiás teve acesso, com exclusividade, a e-mails do INTS em que funcionária da OS solicita o custo de verbas rescisórias separado por função. “Conforme nos falamos por telefones, preciso de todo o custo de verbas rescisórias (médias, FGTS etc…) separado por função (sic)”, diz um dos textos.
Problemas trabalhistas
O (INTS), está envolvido, direta ou indiretamente, em pelo menos 79 processos, grande parte deles de natureza trabalhista. A OS tem sede em Salvador (BA) e trabalha há 10 anos no ramo de gestão hospitalar. Ao longo do período de atuação, são 47 processos trabalhistas. Nove deles em São Paulo e os outros 38 na Bahia, estados onde a INTS têm atuação.