Funcionários públicos de Caldas Novas podem entrar em greve na próxima segunda (16)
Principal pauta de reivindicação dos servidores é o reajuste salarial e o cumprimento do piso
O funcionalismo público municipal de Caldas Novas, a cerca de 170 km de Goiânia, pode entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (16). A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na última quarta-feira (11) e deve atingir vários setores da cidade, como saúde, transporte, educação e saneamento.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caldas Novas, (Sindicaldas), o principal motivo é o reajuste salarial. Um projeto de Lei (PL) encaminhado na Câmara Municipal da cidade prevê correção de 6% para os servidores do magistério.
De acordo com o sindicato, para cumprir o piso nacional da categoria, o mínimo previsto deveria ser de 12,84%. Para os demais servidores, a entidade solicitou um reajuste de 4,19%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A prefeitura não apresentou nenhuma proposta de correção.
A greve seguirá por tempo indeterminado. O sindicato afirma que aguarda uma proposta da prefeitura para que a categoria possa analisar, mas até o momento não houve contato.
O que pode parar com a greve
O Sindicaldas ressaltou que algumas escolas já anunciaram que irão parar as atividades. Os serviços de transporte e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também podem parar. Os servidores da Departamento Municipal de Água e Esgoto (Demae) e as unidades de saúde deverão manter 30% do serviço, conforme determina a lei.
Em nota, a prefeitura de Caldas classificou a posição do Sindicaldas como “politiqueira”. Ela esclareceu que “mesmo diante da grave crise econômica que afeta as contas públicas em todo o país, paga religiosamente em dia o salário dos servidores públicos e vai cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal”. Além disso, o município informou que “é necessário ter muita responsabilidade neste momento com as contas públicas e por isso está estudando todos os impactos para ter uma posição oficial”.
Ainda segundo a prefeitura, ela não reconhece nenhum movimento de paralisação, “já que nos anos anteriores foram dadas todas as datas bases, mas por se tratar de um ano atípico, ou seja, encerramento de mandato e ano eleitoral, e temendo a queda de receita no segundo semestre, estuda com muita responsabilidade qualquer tipo de impacto na folha”. E informa, ainda, que “a municipalidade tem dialogado permanentemente com todos os setores de servidores públicos e nunca se negou a conversar”.