SEPARADAS

Gêmeas siamesas separadas em Goiânia tiveram sistema urinário reconstruído

Ao Mais Goiás, médico responsável pelo procedimento diz que foi uma cirurgia de "extremo risco"

A equipe médica que realizou a separação das gêmeas siamesas Laura e Laís Silva, de um ano e três meses, na última terça-feira (26), em Goiânia, precisou reconstruir o sistema urinário das duas meninas para que a cirurgia fosse bem-sucedida. Ao Mais Goiás, o médico responsável pelo procedimento, Zacharias Calil, diz que foi uma cirurgia de “extremo risco” mas que acabou bem.

Laura e Laís, naturais da Bahia, nasceram ligadas uma à outra e recebem acompanhamento médico em Goiás desde que nasceram. Elas foram separadas no Hospital Materno-Infantil, em Goiânia, numa cirurgia que começou às 7h30 de terça-feira e terminou às 00h20 de quarta-feira, totalizando 17 horas de procedimento.

De acordo com o médico Zacharias Calil, que cuida do caso das gêmeas desde o início e que conduziu a cirurgia, foi um procedimento extremamente arriscado e complicado. Calil explica que Laura e Laís dividiam várias partes essenciais do organismo humano, como o sistema intestinal, urológico e a parte óssea. “A gente ficava analisando, discutindo como atuar, porque são estruturas muito delicadas”, diz.

O médico relata que ele e a equipe tiveram que “desmembrar tudo” e reconstruir o sistema urinário das duas meninas. Segundo Calil, “parte do rim de uma entrava na bexiga de outra e vice-versa”, o que tornou a cirurgia bastante complexa.

Questionado sobre o atual estado de saúde das gêmeas, Calil disse que não foi autorizado a comentar o assunto. No entanto, o Mais Goiás apurou que, logo após o procedimento, as meninas foram encaminhadas para a unidade de terapia intensiva (UTI) do centro médico e estão estáveis.

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