O genro de Deise Faria Ferreira, auxiliar de enfermagem desaparecida após ritual do Daime em julho de 2015, foi executado na noite desta quarta-feira (11), em Goiânia. Marco Aurélio Borges foi atingido por cerca de sete disparos de arma de fogo efetuados por homens em um veículo.
O delegado responsável pelo caso, Danilo Proto, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), afirma que os trabalhos de investigação já começaram, mas ainda é cedo para conjecturar se há conexão entre a morte de Marco Aurélio e o desaparecimento de Deise. “Nossos agentes estão no local neste momento coletando informações”, relata.
O crime aconteceu no Anel Viário, na região do Residencial Moinho dos Ventos, em Goiânia. Marco Aurélio, que estava de motocicleta, teria sido perseguido por homens em um Volkswagen Polo preto, que dispararam diversos tiros contra a vítima, acertando aproximadamente sete. Ele chegou a receber os primeiros atendimentos de uma viatura, mas morreu no local antes da chegada do Samu.
De acordo com matéria publicada no site de O Popular, mesmo ferido Marco Aurélio chegou a conversar e a orar com uma pessoa que estava na região. Antes de morrer ele teria relatado quem seriam os autores do crime e a motivação. Segundo Danilo Proto, a testemunha ainda não foi localizada pela Polícia Civil.
Caso Deise
A auxiliar de enfermagem Deise Faria, de 41 anos, desapareceu no dia 11 de julho de 2015 após ir a uma chácara, em Goiânia, para participar de um ritual do Daime. A família só soube do desaparecimento cerca de 24 horas depois de ela ter sido vista pela última vez. Apesar de diversas trabalhos de busca da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e de parentes e amigos de Deise, ela nunca foi encontrada.
Divergências em depoimentos levaram à prisão do engenheiro Antônio David dos Santos Filho, de 40 anos, que nunca confessou ter assassinado ou raptado Deise. Apesar disso, ele acabou morto dentro de uma cela da Central de Triagem do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na noite de quarta-feira (9), por outros detentos que se revoltaram com o possível homicídio que ele teria cometido.
Outro suspeito, o policial militar aposentado Cláudio Pereira Leite, morreu no dia 2 de janeiro deste ano no Hospital São Francisco em decorrência de complicações provocadas pela diabete. Ele era o líder do Instituto Céu do Patriarca e da Matriarca em Goiânia, onde ocorreu o ritual em que Deise foi vista pela última vez.