Execução

Gerente morto por ex-funcionário já tinha sido ameaçado por atirador

Vítima, porém, não registrou ocorrência contra o rapaz, que tirou a própria vida na sequência. Atirador teria publicado nas redes sociais que "faria uma besteira"

Ex-funcionário, Marciano Leodorico da Silva, 43, culpava os gerente e sub-gerente pela demissão (Foto: Reprodução)

José Edilson da Silva, 49, o gerente de uma loja ferragista morto na tarde desta quarta-feira (16) na Vila Morais, em Goiânia, já tinha sido ameaçado pelo ex-funcionário responsável pela sua execução. A informação foi repassada à imprensa pela delegada Marcela Orçai, adjunta da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). O responsável pelo tiroteio, que trabalhou no local por 10 anos, tirou a própria vida com um disparo na cabeça. Ele, que supostamente responsabilizava a vítima por seu “fracasso profissional”, também tentava atingir o subgerente da loja, que conseguiu fugir ileso.

Funcionários da empresa confirmaram à polícia que o atirador, Marciano Leodorico da Silva, 43, culpava os superiores pela demissão. Segundo relatos colhidos por investigadores, ele comentava o assunto com amigos e parentes. Atualmente, Marciano trabalhava como motorista de aplicativo.

“Nós colhemos informações de que tanto o José Edilson como o subgerente já tinham sido ameaçados pelo Marciano. Mas, como o conheciam há 10 anos e tinham ele como uma pessoa tranquila, não deram importância e sequer registraram ocorrência”, descreveu Marcela Orçai.

Nos últimos dias, ex-colegas de trabalho de Marciano afirmaram que ele teria publicado nas redes sociais que “faria uma besteira”. A delegada disse que vai ouvir parentes e colegas da vítima e autor nos próprios dias para, então, concluir o inquérito, e remetê-lo para o Poder Judiciário.

O caso

Armado com uma pistola, Marciano Leodorico da Silva, de 43 anos, entrou armado na Imperial Ferramentas pouco depois das três da tarde de ontem, foi direto para a sala do gerente José Edilson da Silva, de 49 anos, e o matou com um tiro no peito. Um funcionário que também estava na sala, tentou impedir a execução, mas não conseguiu, foi baleado na perna. Ele foi socorrido, medicado, e liberado.

Após matar José Edilson, Marciano foi até outra sala e disparou duas vezes contra o subgerente, que conseguiu fugir correndo, sem ser atingido. Marciano então retornou para a sala do gerente, e disparou contra a própria cabeça, morrendo na hora.