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Gerente ordenou remoção de tapume que isolava toboágua onde menino morreu, diz polícia

Toboágua estava em reforma e a pista de descida estava desmontada, o que fez com que Davi descesse pelo local e acabasse caindo

Novos detalhes da investigação sobre a morte de Davi Lucas de Miranda, um menino de 8 anos que morreu após cair de um toboágua de 13 metros de altura em um parque aquático em Caldas Novas, foram revelados no processo judicial. Segundo o processo, o gerente do parque Di Roma teria ordenado a retirada de um tapume que fechava a entrada da obra de reforma do toboágua Vulcão, onde o acidente ocorreu.

O toboágua estava em reforma e a pista de descida estava desmontada, o que fez com que Davi descesse pelo local onde a obra estava em andamento e acabasse caindo. O engenheiro civil responsável pela obra, Flávio Tomaz de Aquino Musse, e o gerente do parque foram indiciados por homicídio culposo.

O Di Roma se recusou a comentar sobre o caso e a defesa do engenheiro civil afirmou que só irá se pronunciar nos autos do processo. Até o momento, não há informações sobre a defesa de Cristiano Vilela Reis.

O processo está parado há mais de um ano, pois a família de Davi está em negociação com a diretoria do clube. O relatório da investigação apontou que o tapume foi levantado de forma imprudente pelo gerente, o que permitiu que Davi subisse ao toboágua e acabasse caindo. Além disso, a polícia destacou que o dever objetivo de cuidado não foi cumprido pelo gerente e pelo engenheiro, já que não escalaram funcionários para tomar conta do local.

Segundo a polícia, haviam vários pontos onde os anteparos poderiam ter sido colocados para evitar a queda da criança, mas isso não foi feito.

Sinalização da obra

A morte do menino Davi no clube DiRoma foi investigada pela Polícia Técnico-Científica (PTC) por meio da análise das imagens das câmeras de segurança. A perícia examinou vários aspectos do vídeo, incluindo o trajeto, a movimentação e a situação do parque antes do evento fatal.

De acordo com o Conselho de Engenharia e Arquitetura de Goiás (Crea), é indicado que haja pessoas vigiando e orientando sobre a interdição do espaço em locais de grande circulação de pessoas, como um parque aquático, além de uma estrutura reforçada de proteção para que apenas trabalhadores autorizados tenham acesso.

O coordenador da área de segurança do Crea, Ricardo Ferreira, destacou que o clube estava em operação e que circulavam pessoas que não sabiam dos locais onde o acesso estava impedido ou que estavam em manutenção, o que é um detalhe importante a ser considerado.