Gestante aponta falta de anticoagulante de uso contínuo no Juarez Barbosa

Uma gestante que faz uso contínuo do anticoagulante enoxaparina, procurou o Mais Goiás para informar que o medicamento está em falta na Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (CEMAC). Suellen Silva, que está com 30 semanas de gestação, afirmou que desde dezembro do ano passado a substância não é encontrada e que não há previsão de chegada.

A gestante explica que o medicamento foi indicado por seu obstetra e hematologista pois ela tem uma tendência à trombose, que é ainda mais perigosa durante a gravidez. “A trombofilia pode se desenvolver em mim ou no cordão umbilical do bebê, por isso estou preocupada. Tomo a medicação desde as 12 semanas de gestação e fui orientada a tomar até 30 dias do pós parto, contudo, há dois meses não consigo encontrar no Juarez Barbosa”, conta.

A gestante contou que entrou com recurso pelo Ministério Público de Goiás para conseguir o medicamento de forma gratuita assim que os médicos alertaram para a necessidade do mesmo. Contudo, ao se dirigir à CEMAC em dezembro de 2017, a gestante foi informada de que havia um lote da substância no local, mas que estava vencido.

Segundo Suellen, na rede particular o medicamento é encontrado, na versão mais barata, por R$ 40 a dose, que deve ser tomada diariamente. Além disso, mesmo em farmácias, a enoxaparina está em falta. A medicação é administrada por meio de injeções e a gestante alega não ter condições financeiras de comprar as doses diárias da mesma.

A mulher contou que liga na central diariamente e foi informada que o setor de compras da instituição não providenciou novas caixas do remédio. Até a data de publicação desta matéria, a gestante havia sido orientada a continuar ligando na CEMAC todos os dias.

A Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela administração do Juarez Barbosa, informou que a medicação utilizada por Suellen, a enoxaparina 40 miligramas, está em falta no hospital por conta de um atraso por parte do fabricante, devido a questões regulatórias na Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (Anvisa). A pasta afirmou que a situação deve se regularizar apenas na primeira quinzena de fevereiro.