Gestora de lar de idosos em Inhumas é afastada por irregularidades
A Justiça em Inhumas determinou o afastamento provisório da dirigente do asilo Lar Bem Viver,…
A Justiça em Inhumas determinou o afastamento provisório da dirigente do asilo Lar Bem Viver, Helena Maria de Oliveira Silva. A decisão constata que a diretora da unidade não foi capaz de solucionar graves irregularidades da entidade que estão acarretando danos aos idosos residentes no local. O afastamento foi determinado pelo juiz João Luiz da Costa Gomes, após pedidos liminares feitos pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). A ação foi proposta pelo promotor de Justiça Mário Henrique Caixeta.
Consta na ação que, após vistorias feitas no local pelas Vigilâncias Sanitárias Municipal e Estadual, foram detectadas mais de 30 inconformidades estruturais e no atendimento aos idosos. Ainda segundo aponta a ação do MP, o asilo não possui alvará sanitário, as salas e dormitórios apresentam mofo e infiltrações, a farmácia do local foi classificada como inadequada e os prontuários dos pacientes estão desatualizados.
As vistorias foram realizadas depois que um idoso que morava no asilo foi encaminhado ao Cais de Inhumas. Lá os profissionais perceberam que o estado geral de saúde dele era grave e perceberam sinais de abandono.
Na decisão, o juiz determinou que o Conselho Municipal do Idoso (CMI) de Inhumas indique dois gestores provisórios para o Lar Bem Viver, para que as providências necessárias sejam tomadas visando assegurar os direitos dos idosos que vivem no local.
O magistrado determinou ainda que a gestora afastada apresente todos cartões de banco e documentos indispensáveis à movimentação bancária da entidade. A gestora também está proibida de realizar movimentação de valores do asilo.
Na semana passada, O MP-GO verificou que o Lar Bem Viver recebia “vultuosos recursos” de emendas parlamentares. Além disso, o aluguel do local é pago pela prefeitura da cidade. O asilo também recebeu verbas do governo federal em virtude da pandemia do coronavírus, benefícios de aposentados institucionalizados e doações da comunidade.
O Mais Goiás tentou contato pelos canais oficiais do asilo na internet e por telefone e não foi respondido. As ligações eram redirecionadas a um escritório de advocacia que não possui vínculo com a entidade. O espaço, entretanto, está aberto para manifestação da dirigente.