Ginecologista morre com coronavírus em Goiânia
Hospital lamentou morte do profissional, mas alegou que profissionais da unidade só são testados se apresentarem sintomas
O ginecologista, cirurgião-geral e obstetra Emivaldo Soares Martins, de 63 anos, morreu com Covid-19 na madrugada desta segunda-feira (25). Ele era médico plantonista do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. O profissional estava há três anos na unidade e atuava no Pronto Socorro da Mulher.
A nota da direção do hospital lamenta a morte do profissional e presta condolências aos familiares. Diz que o médico era pessoa “querida por todos os colegas, considerado um mestre pelos residentes do HMI. Além de um profissional exemplar, ético, excelente cirurgião e médico, também era um ser humano maravilhoso”.
O HMI afirma que os colaboradores “vem recebendo todas as orientações no intuito de prevenir a Covid-19 e que todas as determinações legais estão sendo cumpridas.” Ressalta também que o acesso aos testes rápidos disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) segue critérios e que o colaborador só é submetido se encaixar-se neles. A unidade não esclareceu quantos profissionais que tiveram contato com Emivaldo.
“Os testes devem ser feitos a partir do oitavo dia do início dos sintomas de síndrome respiratória, como febre, tosse, dificuldade para respirar ou dor de garganta, para detectar a presença de anticorpos (IgG e IgM), que são defesas produzidas pelo corpo humano contra o vírus SARS-CoV-2, que causa a COVID-19”, diz a nota.
Além disso, o HMI ressalta que os profissionais que apresentam sintomas gripais ou suspeita de estarem infectados pela Covid-19 são afastados e acompanhados pela Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt) e Núcleo Epidemiológico da unidade. Ainda destaca que os colaboradores que tiveram contato com pessoas infectadas pela doença são submetidas a observação, “visto que o HMI disponibiliza todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de protocolo de segurança necessários, determinados pela OMS e pela Anvisa, que protegem os profissionais de infecção”.