Caldas Novas

GO: PM que baleou seguranças durante briga em boate tem prisão decretada

Caso aconteceu no último sábado (19/10)

O Policial Militar (PM) que baleou seguranças durante uma briga ocorrida em uma boate de Caldas Novas, Sul de Goiás, no último sábado (19/10), teve prisão preventiva decretada. Após efetuar os disparos, o militar, que estava em seu horário de folga, saiu em alta velocidade e bateu o carro que dirigia na fachada de um restaurante.

Câmeras de segurança da boate, que fica na região central de Caldas Novas, registraram o momento em que o soldado Pablo Henrique Nunes Ferreira entrega uma garrafa de cerveja para um dos seguranças, perto do caixa de saída, e, em seguida, atinge um homem com um soco no rosto. A vítima reage e parte para cima do PM, que saca uma pistola da cintura.

Temendo pela integridade das demais pessoas, os seguranças agarram Pablo Henrique Nunes e tentam tomar a arma. O PM, porém, se desvencilha e efetua dois disparos. Os tiros atingiram as nádegas de uma das vítimas; a outra recebeu tiro em uma das pernas.

Alguns minutos depois de fugir da boate, o militar subiu com seu carro na Praça Mestre Orlando e só parou depois de bater na fachada de um estabelecimento, que estava fechado. Quando abordado por colegas de farda que estavam de serviço, Pablo Henrique Nunes Ferreira se negou a descer do veículo, e, após ser dominado, precisou ser algemado.

Autuado por lesão corporal de natureza grave e por dirigir embriagado, Pablo Henrique teve sua prisão preventiva decretada durante Audiência de Custódia realizada no início desta semana. Para a juíza, Leila Cristina Ferreira, de Piracanjuba, o PM, que recentemente já se envolveu em outro caso de violência “oferece risco, caso continue em liberdade”.

Um dos seguranças baleado já foi liberado, mas o outro precisou ser transferido para Goiânia, onde segue internado, mas sem risco de morte. As identidades deles não foram reveladas.

PM que baleou seguranças em boate também atirou contra jovem em abordagem

O mesmo policial militar já responde a um procedimento interno da corporação por ter baleado um jovem de 19 anos durante uma abordagem no último mês de junho. Naquela ocasião, porém, Pablo Henrique Nunes Ferreira estava de serviço e alegou ter efetuado o disparo para proteger sua integridade e de outros policiais, já que o jovem, que estaria realizando manobras perigosas em uma moto, teria tentado atropelá-los.

O jovem atingido foi socorrido, medicado e liberado após uma pequena cirurgia.

Em nota, a PM disse que os dois casos já estão sendo apurados e que não compactua com desvios de conduta. A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do soldado Pablo Henrique Nunes Ferreira, mas o espaço está aberto.