ROUBO DE CELULAR

Goiana morta na Argentina foi esganada para não denunciar roubo, diz Justiça

O boliviano Iver Uruchi Condori foi condenado à prisão perpétua em dezembro deste ano pela morte da jovem

A estudante goiana Luana Carneiro de Melo, assassinada na Argentina, estava deitada em sua cama quando foi esganada durante o roubo de seu celular, segundo a Justiça argentina. O boliviano Iver Uruchi Condori foi condenado à prisão perpétua em dezembro deste ano pela morte da jovem. Segundo as investigações, ele cometeu o crime para não ser denunciado pela vítima, já que os dois se conheciam.

Entretanto, a defesa do homem condenado alegou que ele era inocente e que não havia nenhuma prova de que houve um assassinato, defendendo que a jovem morreu de causas naturais.

Luana, que nasceu em Jataí, no sudoeste de Goiás, foi encontrada morta no dia 30 de março de 2018 no apartamento em que morava, em Buenos Aires. Ela estava sozinha no dia do crime, pois a dona do imóvel, que também morava lá, estava viajando. O boliviano tinha a chave do local por trabalhar para a proprietária e também por usar o banheiro o cozinha do local.

Segundo as investigações, a goiana vivia sempre com o celular, era presente nas redes sociais, mandando mensagens e fazendo postagens. Inclusive, ela dormia com o aparelho ao lado ou embaixo do travesseiro. Porém, chamou a atenção dos investigadores o fato do aparelho ter desaparecido após a morte dela.

O processo também afirma que o boliviano entrou no apartamento para se apoderar de bens do local e, ao perceber a presença de Luana, se aproximou dela. “A nomeada estava na cama, não se sentia bem, era esperado que estivesse na cama, indefesa. Ali, [Iver] pressionou o pescoço e tal compressão derivou na morte com o objetivo de garantir sua impunidade em relação às coisas que levava”, diz a decisão da Justiça argentina.

Família de goiana morta na Argentina está ‘aliviada’

Após a condenação, a família de Luana disse que está aliviada. “Ao mesmo tempo em que nada poderá trazer nossa Lubs [apelido de Luana] de volta, saber que seu algoz não estará nas ruas para ferir outras mulheres e que justiça foi entregue à sua memória, nos traz alivio”, disse Rosemary Carneiro, mãe da jovem ao G1.