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Goiânia: aluna que teve corpo queimado por colega segue na UTI, mas estável

A estudante que teve 49% do corpo queimado por uma colega de sala permanece internada…

A estudante que teve 49% do corpo queimado por uma colega de sala permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. À reportagem, a unidade médica informou que a paciente está estável, consciente e respira espontaneamente.

A garota de 17 anos está internada desde o dia 31 de março, quando sofreu o ataque. De acordo com o Hugol, ao longo dos 26 dias em que esteve internada, a paciente já foi submetida a uma cirurgia. Ela teve 49% do corpo queimado, com queimaduras de até 3º grau.

O Hugol não respondeu à reportagem, até o momento da publicação, se a paciente tem previsão de alta da UTI.

Justiça

A estudante Islane Pereira, de 19 anos, que ateou fogo na colega de sala, vai responder por tentativa de homicídio. A suspeita, que está presa desde o ocorrido, alega que a vítima fazia comentários que zombavam do bronzeado dela. Contudo, isso não ficou comprovado pelas investigações da Polícia Civil.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara aceitou a denúncia contra Islane nesta segunda-feira (25). No entanto, o processo vai aguardar pela recuperação da vítima para decidir se o caso será tratado como tentativa de homicídio ou homicídio consumado.

A vítima teve queimaduras de até terceiro grau em 49% do corpo (Foto: Reprodução – TV Anhanguera)

Consta no inquérito policial que, no dia do crime, Islane levou para o Colégio Estadual Palmito uma faca com aproximadamente 15 centímetros de lâmina, um canivete multifuncional com aproximadamente 10 centímetros de lâmina, bem como álcool e um isqueiro.  Durante o intervalo de aula, a estudante aproveitou que a colega estava distraída na fila do refeitório, jogou álcool em seu corpo e ateou fogo com o isqueiro.

A vítima, segundo testemunhas, não teve tempo de esboçar qualquer reação, antes que tivesse o corpo tomado pelas chamas. A situação fez com que a garota se debatesse diante do desespero.

O promotor Cláudio Braga Lima, que fez a denúncia contra Islane, argumentou que a estudante “causou sofrimento desnecessário e prolongado à vítima, configurando meio cruel”, por conta do fogo.