Goiânia aparece em 22º lugar em ranking do saneamento com 100 municípios
Embora a capital goiana não esteja entre os 20 piores do país, também não figura entre os melhores
O Instituto Trata Brasil divulgou pesquisa que monitora os indicadores de saneamento básico dos 100 maiores municípios brasileiros com base na população. O relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2021, publicado pelo Ministério das Cidades.
Goiânia ocupa a 22ª posição, duas abaixo na comparação com o ranking de 2022.
O levantamento avaliou diversas áreas relacionadas ao saneamento básico. Goiânia obteve nota máxima em nove categorias: atendimento total de água; atendimento total de esgoto; atendimento urbano de esgoto; esgoto tratado referido à água consumida; novas ligações de água por ligações faltantes; novas ligações de esgoto por ligações faltantes; perdas do faturamento total; perdas na distribuição, e perdas volumétricas. A nota final de Goiânia foi 8,58.
Segundo o Sócio-Executivo da GO Associados (empresa que participou do levantamento), Pedro Silva Scazufca, para se atingir a universalização de saneamento básico é preciso que a gestão pública invista R$203,51 por habitante. De 2017 para 2021, Goiânia investiu uma média de R$ 66,13.
Destaques positivos
Nesta edição de 2023, assim como em anteriores, o Ranking do Saneamento avaliou três indicadores de perdas. No Indicador de Perdas na Distribuição (IPD), Goiânia esteve entre os cinco destaques positivos no Brasil.
Segundo a pesquisa, neste indicador, quanto menor for a porcentagem, mais bem classificado o município deve estar no Ranking. Isso porque, uma menor parte da água produzida é perdida na distribuição. Os resultados positivos foram:
- Nova Iguaçu (RJ) – 7,90% de IPD
- Santos (SP) – 15,94% de IPD
- Taboão da Serra (SP) – 17,42% de IPD
- Goiânia (GO) – 19,50% de IPD
- Campo Grande (MS) – 19,74% de IPD
Além disso, o estudo aponta que 72,10% do esgoto é tratado em relação à água consumida pelos goianienses. A média do Brasil, nesse quesito, é de 50%.
Avaliação nacional
Em análise nacional, Luana Siewert Pretto, Presidente-Executiva do Instituto Trata Brasil, destaca que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno do acesso à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado.
“Imagine o volume de 5,5 mil piscinas olímpicas. Essa é a carga poluente de esgoto não tratado no Brasil despejado irregularmente nos rios, mares e lagos todos os dias (quase 2 milhões de piscinas olímpicas por ano), que corrobora para a degradação do meio ambiente e, principalmente, impacta negativamente a saúde da população”, considerou.
A comparação das melhores e das piores cidades deixa clara a desigualdade sanitária do Brasil. Veja alguns destaques:
Acesso a água potável: Enquanto 99,7% da população das 20 melhores cidades têm acesso às redes de água potável, nos 20 piores municípios, o número é de 79,6% da população.
Acesso a coleta de esgoto: 97,7% da população nos 20 melhores municípios têm acesso aos serviços, enquanto somente 29,2% da população nos 20 piores municípios são atendidos.
Tratamento de esgoto: Enquanto o primeiro grupo tem, em média, 80,1% de cobertura de tratamento de esgoto, o grupo dos piores trata apenas 18,2% do esgoto produzido.
Perdas na distribuição: Entre as melhores cidades, 29,9% da água produzida é desperdiçada na distribuição por conta de tubulações antigas e “gatos”. Já entre as piores, o indicador chega a 51,3%.
Veja o Ranking do Saneamento Básico completo:
- São José do Rio Preto (SP)
- Santos (SP)
- Uberlândia (MG)
- Niterói (RJ)
- Limeira (SP)
- Piracicaba (SP)
- São Paulo (SP)
- São José dos Pinhais (PR)
- Franca (SP)
- Cascavel (PR)
- Ponta Grossa (PR)
- Sorocaba (SP)
- Suzano (SP)
- Maringá (PR)
- Curitiba (PR)
- Palmas (TO)
- Campina Grande (PB)
- Vitória da Conquista (BA)
- Londrina (PR)
- Brasília (DF)
- Campinas (SP)
- Goiânia (GO)
- Taubaté (SP)
- Jundiaí (SP)
- Uberaba (MG)
- Campo Grande (MS)
- Santo André (SP)
- Boa Vista (RR)
- Montes Claros (MG)
- Taboão da Serra (SP)
- São José dos Campos (SP)
- Cuiabá (MT)
- Petrópolis (RJ)
- Praia Grande (SP)
- Campos dos Goytacazes (RJ)
- Diadema (SP)
- Ribeirão Preto (SP)
- João Pessoa (PB)
- Petrolina (PE)
- Salvador (BA)
- Vitória (ES)
- Sumaré (SP)
- São Bernardo do Campo (SP)
- Carapicuíba (SP)
- Osasco (SP)
- Anápolis (GO)
- Belo Horizonte (MG)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Porto Alegre (RS)
- Caruaru (PE)
- Serra (ES)
- Aparecida de Goiânia (GO)
- Mauá (SP)
- Itaquaquecetuba (SP)
- Guarujá (SP)
- Mogi das Cruzes (SP)
- Vila Velha (ES)
- São Vicente (SP)
- Florianópolis (SC)
- Contagem (MG)
- Feira de Santana (BA)
- Guarulhos (SP)
- Betim (MG)
- Paulista (PE)
- Olinda (PE)
- Aracaju (SE)
- Caxias do Sul (RS)
- Blumenau (SC)
- Ribeirão das Neves (MG)
- Juiz de Fora (MG)
- Mossoró (RN)
- Nova Iguaçu (RJ)
- Natal (RN)
- Joinville (SC)
- Camaçari (BA)
- Bauru (SP)
- Fortaleza (CE)
- Recife (PE)
- Canoas (RS)
- Teresina (PI)
- Caucaia (CE)
- Cariacica (ES)
- Manaus (AM)
- Pelotas (RS)
- Belford Roxo (RJ)
- São Luís (MA))
- Jaboatão dos Guararapes (PE)
- Gravataí (RS)
- São João de Meriti (RJ)
- Duque de Caxias (RJ)
- Ananindeua (PA)
- Várzea Grande (MT)
- Maceió (AL)
- Rio Branco (AC)
- Belém (PA)
- São Gonçalo (RJ)
- Santarém (PA)
- Porto Velho (RO)
- Marabá (PA)
- Macapá (AP)