Goiânia: ato contra o racismo pede Justiça por mortos em Cavalcante e no RJ
Manifestação também visa denunciar a violência e o racismo estrutural em Goiás
Um ato contra o racismo pede Justiça pelas mortes de quatro homens em Cavalcante, em uma ação da Polícia Militar (PM), no último dia de janeiro. O protesto, que é realizado em frente à Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP), em Goiânia, também repudia o recente assassinato do jovem negro congolês, Moise Kabagambe, no Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com organizadores, a manifestação, que conta com a presença de representantes do Movimento Negro Unificado Goiás e Rede Goiana de Mulheres Negras, visa chamar a atenção da população sobre a necessidade de maior controle social da atividade policial, além de denunciar a violência e o racismo estrutural.
O ato também ocorre em solidariedade às famílias e comunidades de Chico Kalunga (Antonio Fernandes Cunha), Salviano Souza da Conceição, Ozanir Batista as Silva (Nirim) e Alan Pereira Soares, mortos em ação policial em Cavalcante, bem como de Moise Kabagambe.
Ato contra o racismo em Goiânia pede investigação transparente
De acordo com o Movimento Unificado Negro Goiás, além da denúncia contra o racismo estrutural e o genocídio negro, o ato reivindica empenho e agilidade para garantir uma investigação transparente e imparcial para fazer justiça à memória das vítimas e à dignidade das famílias e para garantir também uma justa conclusão do processo judicial.
Os manifestantes reivindicam a implantação de câmeras nos uniformes dos policiais militares “como medida urgente para diminuir a violência policial” e pedem o “fim do injustificado sigilo imposto às informações sobre o número de mortes de civis e militares em confrontos policiais em Goiás, além de medidas efetivas para reduzir o alarmante índice de letalidade policial no estado”.