Goiânia é a primeira capital brasileira a lançar teste mais preciso para diagnóstico de Alzheimer
Goiânia foi a primeira cidade escolhida para lançar um teste mais preciso para diagnóstico de…
Goiânia foi a primeira cidade escolhida para lançar um teste mais preciso para diagnóstico de Alzheimer. O evento aconteceu neste sábado (5), às 13h, no auditório do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). O teste, conhecido pela sigla RAVLT, é classificado como padrão ouro em todo mundo para avaliar e analisar os processos de memória de um paciente e já tem mais de 70 anos de existência.
Agora o teste foi padronizado para ser aplicado na população brasileira e, Goiânia, escolhida para sediar esse lançamento nacional.
O uso do teste é amplo, podendo ser aplicado em crianças de 6 anos até idosos. A neuropsicóloga Pethra Ediala conta que as queixas de problemas de memória são as mais frequentes nos consultórios e que o RAVLT ajuda, justamente, na avaliação e no diagnóstico mais acurados. “A pessoa leiga, muitas vezes, traduz como problema de memória outros tipos de situação, como uma dificuldade de atenção ou de planejamento. O teste é um auxílio diagnóstico incrível pra gente conseguir realmente entender se a dificuldade do paciente é de memória ou se está relacionada a outras questões secundárias”, pontua.
Estarão presente no evento dois dos maiores pesquisadores da Neuropsicologia brasileira, os professores doutores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leandro Malloy-Diniz e Jonas Jardim de Paula. A psicóloga, neuropsicóloga e diretora de Ensino e Pesquisa do Nepneuro, Marina Nery Machado, será a mediadora da discussão sobre o uso do RAVLT em casos clínicos.
“O RAVLT passeia por todas as fases do processo de aprendizagem, por isso auxilia de forma tão eficaz no diagnóstico diferencial. Por meio dele conseguimos constatar onde é a dificuldade do paciente, no armazenamento ou na recuperação das informações”, conta Marina Nery.
Alzheimer
Ainda de acordo com Marina e Pethra, o teste é muito utilizado na investigação do Alzheimer, embora não se limite apenas a ele. E os números comprovam o tanto que o uso do RAVLT é e será cada vez mais importante. Segundo dados fornecidos pelo Relatório 2015 da Associação Internacional de Alzheimer (ADI), atualmente estima-se que existam cerca de 46,8 milhões de pessoas com demência no mundo. Esse número praticamente irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050.
O relatório alerta ainda que a cada 3,2 segundos um novo caso de demência é detectado no mundo. A previsão para 2050 é de que haja um caso a cada segundo. A doença de Alzheimer é a causa mais frequente de demência.