AUMENTO

Goiânia é a terceira capital com maior reajuste no preço da cesta básica, aponta Dieese

Batata, pó de café, feijão e óleo de soja são os alimentos com maior alta nos preços. Pesquisa estipula que o salário mínimo necessário para manutenção de uma família equivalha a R$6 mil

Goiânia é a terceira capital com maior reajuste no preço da cesta básica, aponta Dieese (Foto: Ilustração/Freepik)

Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que Goiânia ocupa o terceiro lugar entre as 17 capitais do Brasil que registraram maior alta no preço da cesta básica de alimentos entre janeiro e fevereiro de 2022. O aumento na capital goiana foi de 2,59%, atrás apenas de Campo Grande, com 2,78%; e Porto Alegre, com aumento de 3,40%. Em relação ao valor da cesta básica entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2002, Goiânia registrou um aumento de 14,34%.

Goianos precisam trabalhar mais de 116 horas para conseguir comprar uma cesta básica

Dados divulgados na quarta-feira (9) mostraram que a cesta básica passou de R$624 para R$641. Esse valor, segundo a pesquisa, representa 116 horas e 22 minutos da carga horária de um trabalhador goiano que recebe um salário mínimo, ou seja, essa é quantidade de horas trabalhadas necessárias para uma pessoa com remuneração mínima conseguir comprar os itens de uma cesta básica.

Goiânia apresentou um aumento de 2,59%, terceira maior variação mensal entre as capitais (Foto: Dieese)

Pesquisa estipula que o salário mínimo necessário seja equivalente a R$6 mil

Com base no preço da cesta básica de São Paulo, a mais cara entre as capitais (R$715,65),  a pesquisa estipula que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família com quatro pessoas deveria equivaler a R$6.012,18, uma vez que é determinação constitucional que o salário mínimo seja suficiente para suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência de um trabalhador e de sua família.

O valor estipulado é cerca de 4,96 vezes maior que o atual, que está em R$ 1.212. Em fevereiro de 2021, o valor estipulado do salário mínimo necessário era R$ 5.375,05, ou seja, 4,89 vezes maior que o vigente na época, de R$ 1.100.

Pesquisa estipula que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família com quatro pessoas deveria equivaler a R$6.012,18 (Foto: Dieese)

Batata e café são os alimentos com maior alta no preço

No topo da lista dos alimentos que apresentaram maior alta nos preços em Goiânia está a batata com aumento de 31,69%, seguida pelo café em pó, com aumento de 7,77% e o feijão, com oscilação de 1,81%. A pesquisa aponta ainda que houve um aumento da demanda externa por óleo de soja por causa da redução de produção de óleo de girassol na Ucrânia e de óleo de palma na Indonésia, o que resultou em um aumento de 0,11% nos preços do produto.

Leia também no Mais Goiás

Novo aumento: preço da gasolina já passa de R$ 7,20 em Goiânia

Congresso derruba veto à distribuição de absorventes para estudantes

Petrobras faz novo corte no preço da gasolina, mas estoque alto atrasa reajuste na bomba

*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira