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Goiânia e outras capitais brasileiras se mobilizam em atos a favor da PEC que reduz jornada de trabalho

Além de Goiânia, as manifestações estão programadas para ocorrer em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Vitória e Porto Alegre

No feriado da Proclamação da República, comemorado nesta sexta-feira (15/11), centenas de pessoas em diversas capitais brasileiras, incluindo Goiânia, prometem ir às ruas em manifestações de apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a redução da jornada de trabalho. A PEC, apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), prevê a substituição do modelo atual de 6 dias de trabalho para 1 de descanso (6×1) pelo regime de 4 dias trabalhados e 3 de descanso (4×3), com uma carga semanal limitada a 36 horas.

Além de Goiânia, as manifestações estão programadas para ocorrer em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Vitória e Porto Alegre. Os atos têm o objetivo de chamar atenção para os benefícios da proposta, que pretende melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros. Representantes sindicais e coletivos trabalhistas têm se mobilizado para organizar os eventos, com discursos, distribuição de materiais informativos e presença de lideranças locais em apoio à PEC. A proposta não agrada lideranças do setor produtivo que prometem reação contra o projeto.

A proposta, que começou a tramitar no Congresso na última quarta-feira (13) após obter 194 assinaturas de parlamentares, busca reduzir a carga horária semanal de 44 para 36 horas. De acordo com especialistas, o modelo já é testado em países como Bélgica, Islândia e Alemanha, onde tem mostrado impactos positivos na produtividade e no bem-estar dos trabalhadores. 

Os apoiadores da PEC destacam que a escala 4×3 pode beneficiar a saúde mental e física dos trabalhadores, além de permitir maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal. No entanto, críticos apontam possíveis desafios para as empresas, como a necessidade de aumentar o quadro de funcionários e revisar salários, que atualmente são baseados em jornadas de 44 horas semanais. Em Goiás, a maior parte da bancada dos deputados é contra a proposta.

Na capital goiana, a mobilização será realizada em um dos principais pontos da cidade e contará com a participação de sindicatos, organizações de trabalhadores e ativistas. Os organizadores destacam que o ato também é uma oportunidade para conscientizar a população sobre os benefícios da proposta e pressionar os parlamentares locais a apoiarem a tramitação da PEC.