Goiânia está apta a receber vacinas contra covid, afirma secretária de Saúde

“Goiânia já está capacitada para vacinar a população contra a covid-19“, disse a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, durante balanço da gestão 2017/2020 realizado na manhã desta terça-feira (29), no Paço Municipal. Ela aponta que o município trocou geladeiras por câmaras científicas, com autonomia de 24 horas em casos de queda de energia.

Com isso, são 96 aparelhos com melhor capacidade de refrigeração. Além disso, há, no Paço Municipal, câmara frigorífica de 60m² para armazenamento de vacinas. O que garante local adequado para estoque das doses.

As câmaras científicas custaram R$ 1,42 milhão aos cofres públicos, enquanto a câmara frigorífica, outros R$ 432,7 mil. Esses equipamentos, aponta a secretária, ficarão dedicados a doses que exijam temperaturas baixas para armazenamento. A prefeitura ainda busca locação de uma câmara maior para que não haja risco de perdas.

A intenção também é o uso das câmaras frias da Universidade Federal de Goiás (UFG), através de acordo entre o governo estadual, que tem a prerrogativa de organização de vacinação, e a instituição.

Coronavírus

A secretaria voltou a afirmar que nenhum paciente morreu em Goiânia por falta de leito durante a pandemia de covid-19. Uma das estratégias foi o uso do Hospital e Maternidade Municipal Maria Célia Câmara exclusivo para tratamento da doença causada pelo coronavírus.

A secretaria apontou que a prefeitura realizou mais de 14 mil testes que identificam anticorpos entre a população, o que permite acompanhamento da taxa de infecção. Ao todo, entre todos os tipos diferentes, a prefeitura realizou 293.042 testes na capital.

Atualmente, a rede municipal tem 330 leitos disponíveis para tratamento da covid-19. Segundo Mrué, há possibilidade de aumento, com retorno de uso das instalações do Hospital e Maternidade Municipal Maria Célia Câmara.

Auto Avaliação

“Do ponto de vista assistencial [a gestão da saúde municipal] é uma dos melhores do país. Mas há questão da fiscalização, já que o grupo da prefeitura não consegue cobrir toda a cidade. [No caso da pandemia], é preciso contar com a população, que deve utilizar a máscara, higienizar as mãos e prezar pelo distanciamento”, reflete.

Entre as ações desempenhadas a partir de 2017, a secretária destacou a reabertura de cinco unidades de saúde, entres eles a urgência do Ciams do Novo Horizonte, urgência e ambulatório do Ciams do Urias Magalhães, o Centro de Saúde da Vila Redenção, centro de convivência Cuca Fresca e a Unidade de Acolhimento Transitória Infantil.

Duas obras não puderam ser concluídas: os Centros de Saúde para Família (CSF) São Carlos e Alto do Vale. Fátima Mrué aponta que há falta de insumos no mercado para suprir a finalização da cobertura. Por isso, as obras estão há três meses paradas.

A regulação foi levada para o Paço Municipal, próximo ao Sistema de Monitoramento, o que, segundo a secretária, facilitou o monitoramento da ocupação de leitos no município. “Hoje não temos fila. É o sistema de monitoramento de vagas mais elogiado do país pelo Ministério Público”, avalia.

Déficit

No entanto, a secretária apontou que há déficit de pelo menos 2 mil agentes comunitários em Goiânia. Ela avalia que a realização de concurso público, que deve ser iniciado na próxima gestão municipal.

A prefeitura contratou 102 novos agentes. Com isso, o município conta com 908 profissionais.