UMA DÉCADA

Goiânia: Justiça marca data para júri popular de réus no caso Valério Luiz

O juiz Lourival Machado da Costa definiu nova data para o júri popular dos réus…

O juiz Lourival Machado da Costa definiu nova data para o júri popular dos réus do assassinato do jornalista Valério Luiz: 14 de março de 2022, no Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). A decisão do magistrado 4ª Vara de Crimes Danosos Contra à Vida ocorreu nesta quinta-feira (25). Ele também negou o desmembramento do processo.

“Deve ser consagrada a regra processual para a unidade do julgamento quando se encontra mais de um réu no polo passivo. O desmembramento se mostra com regra excepcional e somente naqueles ali consignados será cabível”, escreveu.

Caso Valério Luiz

O radialista Valério Luiz foi assassinado a tiros, por um homem em uma moto, após deixar a Rádio Jornal, em Campinas, na capital, em 2012. A Polícia Civil ligou o crime ao então cartorário e vice-presidente do Atlético Clube GoianienseMaurício Borges Sampaio. A motivação seria críticas feitas à diretoria do time de futebol.

São acusados, além de Sampaio, o cabo da Polícia Militar Ademá Figueredo Filho, suposto autor dos disparos; Marcus Vinícius Pereira Xavier, Urbano de Carvalho Malta e o sargento Djalma Gomes, envolvidos no planejamento que culminou no assassinato.

Idas e vindas

No ano passado, o juiz da 3ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida, Jesseir Coelho, realizou um despacho em que afirmava não ter condições de marcar a data do júri que vai julgar os cinco acusados do crime contra o radialista. O magistrado afirmou que não havia estrutura na Comarca de Goiânia, como precariedade de dormitórios para jurados e falta de cadeiras confortáveis e espaço limitado. Assim, adiou os julgamentos.

Em outubro do ano passado, o mesmo juiz marcou nova data, destacando que o local ainda não tinha estrutura adequada para um júri da magnitude e repercussão do caso. Seriam três julgamentos distintos, marcados para 19 de fevereiro de 2020.

Já em dezembro o juiz Jesseir Coelho de Alcântara pediu afastamento da presidência do julgamento dos acusados do assassinato. Ele alegou motivo de foro íntimo. “Fiz tudo o que pude, mas esbarrei em óbices fora do meu alcance para que a sessão do júri fosse realizada a contento”, alegou.