Goiânia não terá Carnaval de rua pelo segundo ano consecutivo
Devido à pandemia de Covid-19, vamos para o segundo ano consecutivo sem a festa mais…
Devido à pandemia de Covid-19, vamos para o segundo ano consecutivo sem a festa mais tradicional do Brasil: o Carnaval. Em 2022, a expectativa era de que, com as vacinas, houvesse a comemoração com blocos de rua neste ano. Entretanto, um decreto da Prefeitura de Goiânia, publicado no dia 18 de janeiro, adiou o retorno dos foliões por mais um ano. Este é o tema do Mais Goiás.Doc desta semana.
Assista ao documentário no fim da reportagem.
O documento da prefeitura determina que bares, pit dogs, boates e afins funcionem com distanciamento de 1,5 m entre as mesas e limitação de 50% da capacidade local. Além disso, fica estabelecido o número máximo de 500 pessoas no local, sem autorização para ficar de pé, além da proibição de pista de dança e consumo de alimentos fora das mesas.
Além do prejuízo para os produtores culturais, vendedores ambulantes, donos de trios elétricos e seguranças, a falta do Carnaval deixou muitos fundadores de blocos desanimados. Uma delas é a criadora do bloco Não É Não, Cida Alves.
“A gente sonhou, depois dessa fase da pandemia, de oferecer neste ano um super carnaval”, desabafa.
Carnaval de rua de Goiânia ficou para o ano que vem
Deryk Santana é o fundador do Bloco Socialista, que vai as ruas desde 2012. Ele conta que sempre tirou suas férias entre março e fevereiro para trabalhar na organização do bloco e no dia em que a festa acontece. O carnavalesco conta que ficou muito triste e demorou meses para se conformar com a notícia de que neste ano novamente ele não poderá comemorar o Carnaval.
“Não colocar o bloco na rua, não ver as escolas na avenida é um baque muito grande”, conta.
Fernando Jorge, fundador do bloco Café Nice e um dos donos do Carnaval dos Amigos, acredita que muitas pessoas ficaram prejudicadas financeiramente. Para ele, o carnaval poderia acontecer com um número menor de foliões e com os devidos cuidados relacionados à Covid-19. “Acreditamos que a pandemia vai passar ou nós teremos que nos adaptar a ela de uma forma diferente”.