Goiânia Noise recebe 17 bandas em seu primeiro dia de apresentações
Bandas de todo o Brasil e até uma atração internacional marcaram presença. O evento, que no ano passado foi realizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer, nesta edição está sendo sediado no Jaó Music Hall
O primeiro dia do 23° Goiânia Noise Festival contou com 17 bandas e movimentou a cidade nesta sexta (18). O evento, que no ano passado foi realizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer, nesta edição está sendo sediado no Jaó Music Hall.
Outra diferença em relação ao ano anterior é que essa edição conta com dois palcos, e não quatro. Além dos tablados principais, há um espaço chamado Estúdio Noise, um ambiente mais reservado e com capacidade menor que recebeu quatro bandas.
Em parceria com a Harmonia Musical, o evento possui um estúdio com instrumentos, totalmente aberto para o público que pode se aventurar na música e ainda gravar.
Além das atrações musicais, uma feira de produtos personalizados e uma praça de alimentação aguardam os fãs do rock.
Bandas
A noite começou bastante pontual com a banda goiana Black Line, que tocou para um público bem pequeno. Em seguida, a também goiana Half Bridge (nome em alusão ao Rio Meia Ponte) se apresentou. O vocalista, Cássio Rodrigues, definiu o festival como o maior do Estado e como um celeiro para o rock nacional.
Na sequência, foi a vez de um grupo mineiro, da cidade de Araguari, Canábicos, que tocou desde sucessos antigos como A lei do cão, como recentes, a exemplo de Nada a perder.Todos os grupos revezaram entre os dois palcos montados frente a frente no Jaó Music Hall.
A banda Sã foi a quarta atração da noite. O grupo aproveitou o festival para anunciar a nova música de trabalho Translação e para homenagear o baterista, Bulu, aniversariante do dia, a quem a canção foi dedicada.
Os representantes do punk rock da mineira Uganga também anunciaram música nova, Sete dedos. Com 20 anos de estrada e cinco álbuns lançados, o grupo tem planos de lançar em formato físico o DVD que já está disponível online.
O estado de Alagoas marcou presença no Noise com a banda Necro, a única da noite com vocal feminino. Eles apresentaram a principal música de trabalho, Adiante.
Nessa primeira noite de shows, também houve participação internacional: a banda finlandesa Bob Malmström, de hardcore punk. O vocalista, Carolus Aminoff, explicou que no ano passado, uma banda de amigos suecos tocou no festival e fez muitos elogios. Os membros do grupo se sentiram motivados a tocar no Noise e entraram em contato com a produção. O cantor não dispensou elogios à Goiânia e achou o público, mesmo pequeno, muito animado.
A Bob Malmström fez shows também em Curitiba e São Paulo. Carolus disse que não vê a hora de fazer outros shows no Brasil. Outras bandas estrangeiras vão se apresentar nos próximos dias do Noise. O público pode contar com a participação de países como Argentina, Portugal e Ucrânia.
Outro grupo que marcou presença nessa primeira noite de apresentações foi Two Wolves, de Senador Canedo. O vocalista e compositor, Lineker Lancellot destacou a importância do evento: “Sem o Noise acabaria a cena de rock goaiana”, declarou.
A banda Jukebox from Hell tocou no palco um, seguida pela já conhecida Rollin’ Chamas. Os músicos tocaram, como sempre, com muito humor e irreverência, mas sem deixar de lado as críticas sociais. Eles contaram com a presença de um público cativo, que acompanha desde o surgimento da banda, em 2003.
Foi a partir da apresentação da Rollin que o número de expectadores cresceu. A goiana Ineffable Act e a paulista Project46 se apresentaram para uma casa mais cheia do que as bandas que abriram o dia.
O último e mais aguardado show foi dos baianos da Camisa de Vênus. A apresentação foi um tributo a Raul Seixas, com direito a releitura de músicas famosas como Metamorfose ambulante e Cowboy fora da lei. Vocalista desde a formação da Camisa em 1980, Marcelo Nova falou sobre sua relação com Raul e lembrou do álbum que compuseram juntos, Panela do diabo. A banda ttambém tocou alguns clássicos de sua carreira.
Estúdio
O Estúdio Noise foi um espaço experimental criado pela organização do evento com o intuito de fazer apresentações menores, simultâneas aos shows dos palcos principais, e permitir que as bandas gravem suas performances.
A banda goiana Ressonância Mórfica se apresentou no Estúdio pela primeira vez, mas já é uma veterana no Noise. O grupo que tem 20 anos de existência já se apresentou no festival cinco vezes. O guitarrista, Luiz Souza explicou que o diferencial dessa apresentação é a proximidade com público.
A Ressonância Mórfica se apresenta em festivais pelo Brasil e, no ano passado, fez a primeira turnê internacional, por seis países latino americanos. “Aqui é como uma família, todo mundo se conhece, todo mundo se respeita”, conta Luiz sobre o Noise.
Outro espaço que o evento oferece é um stand em parceria com a loja Harmonia Musical, que disponibiliza instrumentos musicais para o público experimentar e gravar. Mateus Selani, músico que cuida do espaço conta que o público aproveita muito o ambiente e aproveita para conhecer instrumentos novos.
Serviços
Além das apresentações musicais, o Noise oferece uma feira de produtos personalizados com uma grande quantidade de itens de rock, inclusive das bandas que se apresentam no evento. É possível encontrar camisetas, almofadas, canecas, chaveiros, livros, imãs.
E para matar a fome, uma praça de alimentação bastante diversa oferece pizza, sanduíche, crepe, comida indiana, hot dog e outras delícias, incluindo opções veganas e vegetarianas.
O Goiânia Noise Festival continua neste sábado (19) e domingo (20), e ao todo, mais de 50 bandas vão se apresentar.
** Amanda Sales é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lôbo.