Goiânia possui 94 pontos de alagamento
Prefeitura agrupa dados e número de pontos alagamento monitorados sobe de 50 para 94, em Goiânia
A Defesa Civil passou a acompanhar neste ano 94 pontos de alagamento em Goiânia. O número praticamente dobrou do ano passado para 2019 devido ao agrupamento de dados da própria Defesa Civil com os registrados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra). Os pontos são espalhados por 65 bairros, em todas as regiões da Capital.
De acordo com o coordenador executivo da Defesa Civil, Francisco do Carmos Vieira, os dados foram agrupados após os técnicos notarem que a Seinfra e a Defesa Civil trabalharem com pontos de alagamentos diferentes. As duas planilhas foram confrontadas e somente dois endereços estavam repetidos ou errados. Veja todos os pontos de alagamento de Goiânia.
Após a comparação das duas planilhas, os técnicos foram às ruas para apurar se os “novos” endereços realmente eram pontos de alagamento. Os técnicos da Defesa Civil entrevistaram moradores dos locais e os monitoraram. Vieira diz que o acompanhamento precisa ser verificado por mais de dois anos para que seja considerado ponto de alagamento.
Os dados farão parte do Plano Diretor de Drenagem Urbana, que irá compor o Plano Diretor da cidade ainda em elaboração. O documento visa regular novos loteamentos, com regramentos para construção de dutos, bocas de lobo e escoamento das águas da chuva nos novos empreendimentos.
Drenagem
Os pontos de alagamento de Goiânia, em sua maioria, são fruto de alguns fatores combinados: sistema de drenagem urbana antigo; alta impermeabilização do solo e entupimento das bocas de lobo. Em bairros como o Setor Sul, o sistema de drenagem não dá conta do volume de água que as tempestades típicas do tempo chuvoso trazem à Capital. Um exemplo é a Rua 87, que registra ponto de alagamento denso e recorrente.
Outros pontos de alagamento são: na Rua Nonato Mota, na Vila Redenção, próximo ao Córrego Botafogo; na Avenida Feira de Santana, próximo ao Córrego Serrinha, no Parque Amazonas; na Rua da Alegria, no Setor Perim, que registra inclusive deslizamento de terra; na Avenida Anhanguera, próximo ao viaduto da BR-153, no Jardim Novo Mundo, entre outros.
Vieira afirma que a Defesa Civil faz o monitoramento constante desses e de outros pontos, com limpezas das boca-de-lobo. Somente no ano passado, no período antes das chuvas, foram retirados quase três toneladas de lixo desses locais.