PRESERVAÇÃO

Goiânia prepara tombamento de ipê amarelo mais antigo da cidade

O ipê amarelo foi plantado em 1957 e chama a atenção de quem passa na região do Parque Mutirama, em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia prepara um projeto que determina o tombamento de um ipê amarelo de quase 70 anos, localizado na avenida Contorno, na capital. A árvore tem 15 metros de altura e é considerada o ipê mais antigo da cidade. Segundo a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), autora do projeto, o tombamento tem como objetivo reconhecer a importância ambiental e sociocultural do exemplar.

O ipê amarelo fica próximo ao Parque Mutirama e chama a atenção por sua copa frondosa. A árvore foi plantada em 1957 por Cecília de Siqueira Brito. Nascida em São Paulo, ela se mudou para Goiânia e era vista como uma apaixonada por plantas. Em 1979, a casa onde ela morava e plantou o ipê foi demolida junto com outros imóveis da vizinhança, mas a árvore ficou.

Ipê amarelo da avenida Contorno tem quase 70 anos (Foto: Amma)

O projeto que pretende tombar o ipê é elaborado pela Amma. De acordo com o órgão, o tombamento é uma ferramenta que visa “o reconhecimento da relevância ambiental e sociocultural de exemplares que fazem parte da história da cidade e ao mesmo tempo determina a preservação deles, tornando essas árvores imunes ao corte”.

Ao Mais Goiás, a Amma confirmou que o parecer com a justificativa para o tombamento da árvore será encaminhado para a Secretaria Municipal de Governo (Segov) na próxima semana. A partir daí, a Secretaria deverá fazer os devidos trâmites com a Câmara Municipal, que precisa aprovar o tombamento.

Ipê amarelo, e de outras cores, pode ser protegido por lei

Em Goiás, a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) apresentou um projeto de lei que declara o ipê uma árvore “de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no estado”. Conforme a parlamentar, apesar da variedade de ipês, “essa árvore está em risco de extinção, já que é uma das madeiras brasileiras mais cobiçadas no mercado internacional”.

A matéria já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa.