DENGUE

Goiânia registra aumento de 900% em casos de dengue em comparação com 2021

Região noroeste foi a mais afetado com cerca de 309 casos de dengue a cada 100 mil habitantes

Goiânia registra aumento de 900% em casos de dengue (Foto: Secretaria Municipal de Saúde)

Em comparação com janeiro de 2021, Goiânia registrou um aumento de 900% no número de casos de dengue em janeiro desse ano. Em um boletim epidemiológico publicado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no último dia 27, é possível ver que, de junho de 2021 a 2 de fevereiro de 2022, foram 3,7 mil casos de dengue confirmados na capital. A preocupação da SMS é que a dengue volte a ser uma epidemia.

Um levantamento feito pelo Índice de Infecção Predial (IIP) verificou que o risco de infeção do mosquito Aedes aegypt em imóveis da capital é de 4,4%, o que é visto como alto risco, uma vez que o ideal é que esse índice não ultrapasse 1%.

Além da dengue, casos de Chikungunya também aumentam em Goiânia

O aumento nos casos de Chikungunya também é preocupante. A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Grécia Pessoni, explica que 2021 foi o ano com o maior número de infectados. “Tivemos 93 casos registrados, todos em 2021. O número parece pouco se compararmos com os casos de dengue, mas nos anos anteriores o máximo de casos que já tivemos de Chikungunya foram 12 casos por ano”, explica.

Vale ressaltar que em grande parte dos casos, a Chikungunya deixa sequelas como dores de cabeça, no corpo e nas articulações por cerca de 90 a 120 dias.

Casos aumentaram devido as chuvas dos últimos meses

A diretora explica que o principal motivo desse aumento é a grande quantidade de chuvas que atingiram a capital nesses últimos meses e formaram os criadouros do mosquito através da água parada. A região noroeste foi a com o maior número de casos, cerca 309 a cada 100 mil habitantes, seguida pelas regiões sul, com 296/100 mil habitantes e  sudoeste, com 284 casos por 100 mil habitantes.

Principais criadouros do mosquito

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), fechado na quarta-feira (26), lista os três principais grupos de criadouros do mosquito. O tópico “Lixo, recipientes plásticos, garrafas, latas e sucatas em pátios” lidera o ranking com 39,42% dos casos. Em segundo lugar, com 20,92% das incidências, está “Tambores, tonéis, caixas d’água no solo, poço e cisterna”. “Vasos de plantas, frascos com água, vaso sanitário, pequenas fontes ornamentais, pingadeiras, pratinho do vaso de planta e recipientes de degelo de geladeiras” fica em terceiro, com 18,9% dos casos.

Aplicativo ajuda a população a denunciar focos de dengue

Através do aplicativo Goiânia contra Aedes, disponibilizado para a população no início da semana, 213 denuncias sobre criadores do mosquito já foram registradas, número 70% maior do que o registrado nos primeiros 15 dias de janeiro do ano passado.

O aplicativo está disponível nas lojas de aplicativos e para denunciar não é necessário se identificar, basta clicar no mapa, inserir endereço e enviar fotos ou vídeos para confirmar a denúncia, que é então encaminhada à Vigilância Epidemiológica, que investigará a situação.  As denúncias também podem ser feitas pelos telefones 156 e 3224-3131.

Murilo Reis, diretor de Vigilância em Zoonoses, ressalta que “Não adianta se a pessoa sai por aí fazendo fotos e vídeos, fazendo as denúncias se ele não olha como está a situação na sua residência, sabemos que a maioria dos focos está em quintais e dentro das casas”, diz

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