Goiânia tem 50 capotamentos de janeiro a abril de 2017
De janeiro a abril deste ano aconteceram pelo menos 50 capotamentos em Goiânia. O número…
De janeiro a abril deste ano aconteceram pelo menos 50 capotamentos em Goiânia. O número faz parte de um levantamento realizado pela reportagem do Mais Goiás, tendo como base informações e fotos enviadas por leitores. Em 2015, foram registrados 169 capotamentos na Capital entre abril e dezembro.
Coordenador do curso de MBA Infraestrutura de Transportes e Rodovias do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (Ipog), Edésio Elias Lopes afirma que o aumento no número de capotamentos em todo País é um fato. Apesar de alguns carros terem características técnicas que facilitam o capotamento, Lopes destaca que este tipo de acidente está mais ligado à imprudência dos motoristas, já que a tecnologia aplicada para garantir a segurança dos carros é cada vez maior.
Lopes explica que quanto mais alto o centro de gravidade do veículo, maior a possibilidade de acontecer o capotamento. “Comparado com um ônibus, caminhão ou camionete, o veículo de passeio é o que tem menor possibilidade técnica de capotar. Ou seja, os motoristas são imprudentes, principalmente quando realizam curvas em alta velocidade”, explica o especialista.
Dicas
Algumas atitudes do motorista ao realizar uma curva podem evitar estes acidentes. “O condutor precisa reduzir a velocidade a cerca de 20% do permitido na via quanto ainda está distante da curva. Se ele pisar no freio em cima da curva, o acidente pode acontecer também”, explica Lopes.
O especialista ainda chama atenção para caminhões que transportam cargas especiais, como líquidos, que balançam dentro do compartimento e mudam o centro de gravidade do objeto. Veículos que são mais altos e têm distância pequena entre os pneus – como caminhões menores – também precisam ser conduzidos com mais cuidado, pois têm mais facilidade para capotar. “É preciso destacar que a maior parte dos acidentes acontece por imprudência dos motoristas. Afinal, é preciso ter velocidade para capotar”, avalia Lopes.
Cinto
O especialista ainda reitera a importância do uso de cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo, inclusive dos que ficam no banco de trás. “São comuns casos de pessoas que estão com cinco de segurança no banco da frente e morrem em acidentes por causa das pessoas que estavam soltas no banco de trás. O cinco de segurança no banco de trás é muito importante, mesmo dentro da cidade”, conclui Lopes.