Goiânia visa regularizar dívidas e garantir leitos de UTI com debloqueio de R$ 57 milhões
Objetivo é quitar as dívidas com fornecedores e assegurar a continuidade dos serviços de saúde no município
O Comitê responsável pela crise na Saúde de Goiânia busca desbloquear R$ 57,3 milhões que foram bloqueados pela Justiça, com a intenção de quitar dívidas com as empresas prestadoras de serviços à prefeitura e garantir leitos de UTI para pacientes que aguardam vagas. Segundo o prefeito eleito, Sandro Mabel (União), o Tribunal de Justiça (TJGO) permitiu a criação de uma comissão de conciliação para resolver as questões pendentes e liberar o montante bloqueado. O foco, além de saldar os débitos com fornecedores, é garantir a continuidade dos serviços de saúde no município.
O interventor da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Márcio de Paula Leite, destacou que todas as ações do gabinete de crise serão mantidas e que esse grupo foi formado após o atraso no pagamento a prestadores de serviço, o que resultou na falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e chegou a causar a morte de alguns pacientes que aguardavam por uma vaga. Márcio permanece no cargo até o fim do ano.
O futuro novo secretário declarou que as prioridades da pasta serão agilizar os pagamentos dos serviços a partir de janeiro de 2025 e renegociar as pendências financeiras da SMS, que incluem dívidas com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara, além de empresas de home care. Recentemente, enfermeiros e técnicos de enfermagem interromperam parcialmente suas atividades devido às condições de trabalho.