GOIÂNIA

Escalonamento do comércio pode ser obrigatório já a partir de terça

 Em entrevista ao Mais Goiás, o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedetec) da prefeitura de Goiânia,…

 Em entrevista ao Mais Goiás, o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedetec) da prefeitura de Goiânia, Walison Moreira, afirmou há poucas horas que o escalonamento do comércio da Capital pode ser obrigatório já a partir da próxima terça-feira.

A Sedetec divulgou hoje uma pesquisa que mostra que apenas 15% dos empresários goianos aderiram à proposta de escalonamento apresentada pelo prefeito Iris Rezende no decreto 951, publicado no dia 28 de abril. O decreto trouxe sugestões de horário de funcionamento para segmentos diferentes da economia e sugeriu que os estabelecimentos aderissem voluntariamente – o que, em larga medida, não aconteceu. 

“Nós conversamos com representante dos empresários em dois momentos: antes do decreto 951 e depois, para reiterar a importância do escalonamento. O que a gente vê nesta pandemia é que todo mundo está disposto a ajudar, mas uma coisa é estar disposto; outra efetivamente agir. Mexe com a estrutura das empresas, envolve muita coisa”, afirma o secretário. 

A pesquisa feita pela Sedetec será apresentada oficialmente ao comitê de crise do Covid-19 na segunda-feira, às 9 horas. O estudo sugere que o escalonamento seja obrigatório. Caso o comitê acate a proposta, pode ser que, na terça-feira, o Diário Oficial do Município já traga um decreto do prefeito com a mudança. 

Walison acredita que há boas chances de Iris determinar o escalonamento obrigatório. “No meio de abril, o prefeito abraçou a ideia da CMTC para fazer o escalonamento voluntário. Só este fato, na minha opinião, já é um indicativo de que ele entende a importância dessa medida”. 

Construção civil

O titular da Sedetec também avalia, junto a outras estruturas da prefeitura (como a Casa Civil), a viabilidade de impor mudanças em escalas de expediente de profissões específicas, como auxiliares de serviços gerais, domésticas e construção civil. 

“No caso dos auxiliares de serviços gerais, a gente vê que muitas empresas exigem que eles cheguem antes para preparar o cafezinho e outras atividades. A situação pede que os empresários aceitem uma realidade diferente desta”, diz o secretário. Sobre domésticas e trabalhadores da construção civil, ele diz que representam 30% dos 2.240 entrevistados pela pesquisa da Sedetec e, por conta do grande contingente, requerem condições específicas. 

O escalonamento

Veja como é o escalonamento proposto pela prefeitura no dia 28 de abril: 

  • Limpeza urbana e coleta de lixo, excetuada a limpeza púbica
  • Postos de Combustíveis
  • Panificadoras

Começam entre 6 e 7 horas

  • Área de saúde, como serviços ambulatoriais em hospitais, clínicas, laboratórios, etc;
  • Indústrias alimentícias
  • Indústrias farmacêuticas/medicamentos
  • Construção Civil
  • Supermercados

Começam entre 7 e 8 horas

  • Empregados domésticos e diaristas;
  • Vigilantes, zeladores e porteiros;
  • Farmácias e drogarias;
  • Oficinas mecânicas e borracharias;

Começam entre 8 e 9 horas

  • Lojas de produtos agropecuários e veterinários;
  • Hospitais e clínicas veterinárias;
  • Agências lotéricas;

Começam entre 9 e 10 horas

  • Bancos
  • Revendas/concessionárias de veículos;
  • Barbearias e salões de beleza.