Goiano é vítima de homofobia no Instagram: “turma do arco-íris, procure a cura”
O psicólogo goiano, Rafael Alves dos Santos, de 33 anos, foi vítima de homofobia após…
O psicólogo goiano, Rafael Alves dos Santos, de 33 anos, foi vítima de homofobia após comentar uma publicação sobre a cantora Anitta nas redes sociais. O post feito na terça-feira (10), se trata de uma matéria do jornal O Estado de S. Paulo (Estadão), e tinha como título: ‘Anitta será professora de curso de negócios em universidade’. A Polícia Civil (PC-GO) vai investigar o caso.
“Eu já sofri outros vários tipos de racismo. Estou muito triste com tudo isso. É um ódio gratuito”, afirmou Rafael, ao Mais Goiás.
Tudo começou quando Rafael respondeu um comentário de um perfil que tinha como identificação ser de um advogado. No comentário, o homem criticava a cantora, palestrante, empresária e membro do conselho de administração do Nubank que agora dará aulas no curso “Anitta Prepara” da universidade Estácio, companhia que ela é garota propaganda.
“Agora no Brasil, qualquer porcaria pode dar aula? Brasil indo ladeira abaixo, o que não é de se espantar. Brasil perdido a cada dia que passa com essa péssima escolha”, dizia o comentário.
Após o comentário, Rafael respondeu: “Senhor advogado, pesquisa um pouquinho sobre a história da Larissa e deixa a artista Anitta de lado. Você vai se surpreender com a inteligência dela, formada em Administração, poliglota, bilionária conseguiu isso gerenciando sua própria carreira e tendo só 29 anos. Acho que não é qualquer porcaria né?!”, afirmou.
Em seguida o homem respondeu o goiano: “[…] Procure um psicólogo, você está precisando para estudar esse teu comportamento por querer defender o que não presta”.
Após o desentendimento no post da reportagem do Estado de S. Paulo, o suposto advogado entrou no perfil de Rafael e em uma foto em que ele aparece com seu namorado deixou comentários homofóbicos.
“Isso não é amor, é sem-vergonhice […] Espero ansiosamente que um dia, procure a cura, o mundo torce por isso. Desejamos o melhor para vocês se livrarem desse fardo que carregam”, comentou o suposto perfil contra Rafael. Os comentários foram apagados da rede social.
Polícia vai investigar o caso
Rafael registrou o caso nesta quarta-feira (11) na Polícia Civil. Segundo o psicólogo, o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), disse que um inquérito já foi instaurado e as investigações estão em andamento.
A polícia deve ouvir nos próximos dias as testemunhas e tentar encontrar o dono do suposto perfil que realizou os comentários homofóbicos contra o goiano.
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