CONDENAÇÃO

Goiano que quebrou relógio histórico no 8 de janeiro pode ser condenado a 17 anos de prisão

Na data do fato, câmeras de monitoramento flagraram o momento em que Antônio Cláudio Alves Ferreira pega o relógio e arremessa ao chão

Goiano que quebrou relógio no Palácio do Planalto (Reprodução/TV Globo)

O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar a 17 anos de prisão o goiano que quebrou um relógio histórico, da época de Dom João VI, no ato de 8 de janeiro que aconteceu no Palácio do Planalto.  

Na data do fato, câmeras de monitoramento flagraram o momento em que Antônio Cláudio Alves Ferreira pega o relógio e arremessa ao chão. A obra, que foi trazida para o Brasil em 1808, virou um dos símbolos dos atos golpistas na sede da Presidência.

Antônio aguarda o julgamento no presídio de Uberlândia. Ele é réu no STF por crimes como: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.

“Está comprovado, tanto pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, quanto pelas conclusões do Interventor Federal, vídeos e fotos realizados pelo próprio réu e outros elementos informativos, que Antônio Claudio Alves Ferreira, como participante e frequentador do QGEx e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito”, escreveu o ministro.

A sessão no plenário do STF começou meia noite desta sexta-feira (21) e segue até a próxima sexta-feira (28). Até agora, o Supremo já condenou 2244 réus pelos atos golpistas e absolveu um.

Peça histórica

O relógio de pêndulo do século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Balthazar Martinot era o relojoeiro do rei francês Luís XIV.

Existem apenas dois relógios deste. O outro está exposto no Palácio de Versailles, na França, mas possui a metade do tamanho da peça que foi destruída no Brasil.