CORONAVÍRUS

Goiás atinge nível 4 do Plano de Contingenciamento; desafio é conscientização

Goiás registrou, nesta quinta-feira (7), 1027 casos confirmados de Covid-19, de acordo com o boletim…

Goiás registrou, nesta quinta-feira (7), 1027 casos confirmados de Covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Com isso, o estado entra no nível 4 do Plano de Contingenciamento. Apesar disso, as medidas previstas nesse patamar – como decretar estado de emergência, suspender eventos com aglomerações e cirurgias eletivas – já estão em vigor desde quando foi decreto o nível 2.

A principal dificuldade, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, é levar as pessoas terem conscientização diante o atual cenário que estamos. Segundo ela, o ritmo de aceleração da doença em Goiás não é o mesmo que em outros estados, mas que isso não significa que não devemos ficar preocupados.

“As pessoas têm acesso a uma enxurrada de informações, mas não temos o hábito de utilizá-las. É um questão cultural mesmo. Isso é uma das maiores dificuldades de adesão a utilização do produto. Não queremos que seja necessário o óbito chegar a um parente próximo para que as pessoas tenham consciência que é com o isolamento social que restringimos o avanço dessa doença”, pontua.

A preocupação de Flúvia pode ser traduzida nos números. O primeiro caso da doença foi registrado no último dia 12 de março. O boletim divulgado nesta terça-feira (7) destaca 1.027 casos. Foram exatos 55 dias para o Estado registrar tal marca. Os números de mortes também teve um aumento vertiginoso. O primeiro óbito foi registrado no último dia 26 de março. Após 44 dias, já registramos 44 mortes confirmadas pela Covid-19. Outro dado também que foi revelado pelo levantamento do site Inloco é que Goiás é o segundo estado com menor adesão do isolamento, sendo que já chegou a ocupar a primeira posição.

Para muitos o número pode parecer pouco, mas esse resultado, ainda que em contramão em comparação a outros estados, é graças ao primeiro decreto que determinava abertura apenas de serviços essenciais. “Até hoje estamos colhendo frutos desse decreto. Ainda é cedo afirmar que a atual quantidade de casos foi graças à flexibilização. Na próxima quarta-feira (13), completaremos 15 dias após esse novo decreto e, com ajuda de pesquisadores da UFG, teremos dados mais concretos sobre isso”, pontua.

Flúvia também descarta, até o momento, a necessidade de lockdown – o fechamento total dos comércios e restrições de pessoas nas ruas – em Goiás. “Vale ressaltar que para se decretar não é levada em consideração apenas a aceleração da doença, mas também a disponibilidade de UTIs. Esses foram dois grandes fatores. Estamos com uma taxa de ocupação de 36% dos leitos em rede estadual”, pontua.