Goiás: campanha de vacinação contra poliomielite termina nesta sexta; meta é imunizar 95% das crianças
No último sábado (8), foram aplicadas 25.553 doses no 'Dia D' de mobilização contra a paralisia infantil
A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite 2024 será encerrada em Goiás, nesta sexta-feira (14). O percentual de cobertura vacinal é de 79,42. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) tem a meta de imunizar 95% das crianças goianas. No último sábado (8), foram aplicadas 25.553 doses no ‘Dia D’ de mobilização contra a paralisia infantil, em todo o território goiano.
De acordo com dados da SES, a cobertura vacinal da polio em Goiás foi de 78,92%, em 2023. Já em 2024, o percentual está em 79,42%, apontando melhora, mas distante do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 95% para a poliomielite.
A meta de vacinar no mínimo 95% das crianças de 1 a menores de 5 anos de idade contra a poliomielite em Goiás equivale a cerca de 426 mil crianças. A Central Estadual de Rede de Frio possui cerca de 46 mil doses disponíveis em estoque e distribuiu aos municípios cerca de 360 mil doses para campanha.
Depois que a campanha for encerrada, as doses continuarão disponíveis para a população, mas a recomendação é que os pais e responsáveis procurem as unidades de saúde o quanto antes.
O último caso registrado em Goiás e em todo o país foi no ano de 1989. Em 1994, o Brasil recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, mas, em 2023, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução da doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a vacina é a única forma de garantir que ela não volte.
Atualmente, existem dois países endêmicos, Paquistão e Afeganistão. Dados da OMS, atualizados de 1º de janeiro a 23 de abril de 2024, mostram que foram confirmados 13 casos de poliomielite, sendo seis no Afeganistão e sete no Paquistão. Com a circulação de pessoas, o perigo é que o vírus volte a circular no Brasil.
Sobre a poliomielite
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda e grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que em geral acomete os membros inferiores de forma irreversível e pode levar à morte. A vacinação é fundamental para a redução do risco de reintrodução do poliovírus no Brasil.