COVID-19

Goiás deve ampliar oferta de leitos de UTI para infectados; ocupação em Goiânia ultrapassa os 90%

O número de leitos para atendimento adequado de pacientes do novo coronavírus (Covid-19) em Goiás…

O número de leitos para atendimento adequado de pacientes do novo coronavírus (Covid-19) em Goiás será elevado em 1,5 mil. Isto, porque o governador Ronaldo Caiado (DEM) sancionou, nesta quinta-feira (16), um projeto de Lei (PL), aprovado no último dia 8 na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que autoriza o Estado a absorver as atividades ofertadas em quatro unidades de saúde do interior.

Com a medida, o governo espera elevar para nove o número de municípios preparados, assim como quantidade de leitos para o atendimento adequado aos pacientes infectados pela Covid-19.  Os municípios que receberão os leitos são: Goiânia, Águas Lindas, Formosa, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Porangatu e São Luís dos Montes Belos.

As unidades de saúde estadualizadas foram o Hospital Municipal de Formosa; Hospital das Clínicas Drº Serafim de Carvalho, de Jataí; Hospital Municipal de Luziânia; e Hospital Municipal Geraldo Landó, de São Luís de Montes Belos. A justificativa para a estadualização dos hospitais é que isto robustece o processo de regionalização e integração das ações e serviços de saúde em tempos de pandemia. 

Vale destacar que as Câmaras Municipais de Jataí, Formosa, Luziânia e São Luís de Montes Belos já tinham aprovado legislações pela estadualização das unidades de saúde. O intuito das legislações municipais e da matéria sancionada nesta quarta é evitar o possível colapso no sistema estadual.

Os hospitais seguirão estadualizados mesmo após a crise pandêmica. Porém, conforme o texto, eles voltarão aos atendimentos rotineiros, segundo o perfil e complexidade de cada um.

Oferta de leitos

Somente o Hospital de Campanha, instalado no Hospital do Servidor, em Aparecida de Goiânia, trabalha com a possibilidade de 210 leitos para pacientes de Covid-19, a serem abertos gradualmente. Dos quais, 140 semicríticos e 70 críticos. Até a manhã desta sexta-feira (17), já estavam implantados 83 – com 57 disponíveis e 26 ocupados, distribuídos entre emergência (22), semicríticos (40) e críticos (21).

Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde trabalha com a possibilidade de 112 leitos de UTI. Sendo 50 leitos no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC); 40 no Hospital das Clínicas (HC); 12 no Hospital Ismael Queiroz e 12 pediátricos também no Célia Câmara. Todos estão sendo disponibilizados de forma escalonada, já que não há pacientes aguardando.

Ocupação

No entanto, a ocupação de Goiânia chega a 91% nos leitos de UTI disponíveis. Dos 417 leitos ofertados pela rede pública de saúde, 382 estão ocupados. Durante consulta realizada na manhã desta sexta-feira, havia apenas 34 leitos disponíveis para receber novos pacientes na capital – dos quais 15 são pediátricos e pré-natal.

Quando a questão é respiradores, a capital goiana possui 926 aparelhos, contando unidades da rede privada e contratadas pela SMS e SUS. Desse total, 638 leitos estão na rede SUS. Os respiradores, no entanto, não são utilizados somente em UTIs, um paciente de enfermaria, por exemplo, pode necessitar de oxigênio.

No país

No Ceará, a pasta de Saúde disse que 100% das vagas de UTI estão ocupadas, sendo 31% destas com pacientes infectados pelo coronavírus. No Estado, mais de 40 pacientes com a Covid-19 aguardam vaga. 

No Rio de Janeiro, a secretaria municipal de Saúde informou, na quarta-feira (15) que a taxa de ocupação de leitos de UTI da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui unidades municipais, estaduais e federais na capital, chegou a 88,45%. O número engloba, além de infectados pela Covid-19, pacientes de outras emergências. O número representa 548 leitos de um total de 619.

Em São Paulo, conforme nota da pasta de Saúde da última semana, “que a rede municipal dispõe de 507 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo 372 leitos de UTI adulto, 135 leitos de UTI infantil e 3.240 leitos de internação. A taxa ocupacional dos leitos de covid-19 das unidades hospitalares é de 94% dos leitos clínicos, 65% dos leitos de UTI e 72% dos leitos de observação, com exceção aos Hospitais Municipais de Campanha”.