Goiás e mais nove estados já têm data para começar a aplicar dose de reforço da vacina
Também já marcaram o reforço: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Roraima e Santa Catarina e Mato Grosso do Sul
Goiás é um dos dez Estados que já tem data marcada para começar a aplicar a terceira dose contra a Covid-19. O governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou, na quarta-feira (25), que a administração da dose de reforço começa na próxima semana. Conforme a a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, após a aplicação da dose nos idosos institucionalizados, a imunização vai avançar para idosos por ordem decrescente de idade.
Além de Goiás, já definiram data para começar o novo ciclo vacinal São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Roraima e Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Mato Grosso do Sul já começa nesta sexta-feira (27), enquanto Goiás na próxima semana – em idosos que vivem abrigos, o primeiro grupo prioritário. Os outros oito iniciam a terceira dose em setembro.
O ministro Marcelo Queiroga (Saúde) disse na terça-feira (24), que o reforço começaria em idosos com mais de 70 anos e pessoas imunossuprimidas (transplantadas recentemente, com câncer, queimaduras graves) – que já tomaram a segunda dose há seis meses – em 15 de setembro. A terceira dose será da Pfizer.
Importante reforço
Segundo o médico infectologista goiano, Marcelo Daher, em um cenário em que se percebe o avanço nos casos de reinfecção e o surgimento de novas variantes e mutações do coronavírus, a aplicação da dose de reforço será um importante aliado.
Ao Mais Goiás, Daher diz que a necessidade da dose de reforço no momento não é consenso na comunidade científica. “Alguns grupos tinham uma certeza absoluta de que a vacinação seria anual. Outros advogavam que precisava de mais tempo para ver como seria o curso da doença”, diz. Porém, de acordo com o médico, o que pôde ser verificado é que as novas variantes que foram surgindo, como a Delta, Gamma e Gamma-Plus, acabaram por alterar o modo de lidar com a Covid-19.
Daher pontua que, com o aparecimento dessas mutações do vírus, o organismo humano passou a precisar de um grande número de anticorpos,. Mas ao longo do tempo a quantidade de anticorpos cai principalmente nos idosos, apesar da vacina. Segundo o infectologista, a consequência é que “a pessoa aos poucos volta a ficar vulnerável a episódios mais graves da doença. Surge daí a necessidade do reforço.
“A aplicação de dose de reforço é pra diminuir não só doença, mas diminuir mortalidade. já temos alguns dados mostrando que a proteção cai ao longo do tempo. A gente vacinando antecipadamente, teria uma proteção maior”, conclui.